Em portal web, CNPq destaca ex-aluno da UNIFAL-MG premiado no exterior

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Vinicius Venâncio está no Texas complementando estudo sobre fruto inexplorado da Amazônia

O portal web do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deu destaque nesta quinta-feira, 25/06, para um farmacêutico formado pela UNIFAL-MG, contemplado com bolsa de doutorado sanduíche, que foi agraciado com premiação no exterior.

De acordo com a notícia, Vinicius Venâncio ganhou dois prêmios com a pesquisa que realiza no Texas, EUA, voltada para o potencial terapêutico de um fruto ainda inexplorado da Amazônia, o guariju (Chrysobalanus icaco L).

Graduado em Farmácia pela UNIFAL-MG, Vinicius está no Texas, complementando seu doutorado em Toxicologia na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/USP). A bolsa está permitindo com que ele realize o estágio de doutoramento sanduíche na College of Agriculture and Life Sciences na Texas A&M University.

A seguir, leia a entrevista que o pesquisador concedeu ao CNPq.

Estudante do Ciência sem Fronteiras é agraciado com premiação no exterior

Contemplado com bolsa de doutorado sanduíche do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo Ciências sem Fronteiras, Vinicius Venâncio ganhou dois prêmios com a pesquisa que realiza no Texas, EUA. 

Filho de comerciantes, Vinicius Venancio foi o primeiro membro da família a ingressar em uma universidade pública. Estudar no exterior seria, segundo ele, praticamente inviável. Mas hoje ele pode contar esta história, graças a uma bolsa do CNPq, por meio do programa Ciências sem Fronteiras.

Farmacêutico, graduado pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG), Vinicius está no Texas, nos Estados Unidos, complementando seu doutorado em Toxicologia na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/USP). A bolsa está permitindo com que ele realize o estágio de doutoramento sanduíche na College of Agriculture and Life Sciences na Texas A&M University.

Com sua pesquisa, que avalia o potencial terapêutico de um fruto ainda inexplorado da Amazônia, o guariju (Chrysobalanus icaco L), Vinicius foi premiado com o primeiro lugar no Texas A&M University Student Research Week 2015 (Primeiro lugar entre pesquisadores de pós-graduação - Áreas: Saúde, Nutrição, Cinesiologia e Fisiologia ); e no Sigma Xi Symposium Theme Award - Best research related to disease prevention (Prêmio temático "Sigma Xi” - melhor pesquisa relacionada à prevenção de doenças).

A trajetória na área da pesquisa científica de Vinícius começou ainda na graduação, quando foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq e desenvolveu estudos sobre quimioprevenção do câncer, mutagenicidade, antimutagenicidade e estresse oxidativo. Atualmente, ele é doutorando.

Leia, abaixo, a entrevista que o pesquisador concedeu ao CNPq, onde relatou sua carreira e as oportunidades que tem tido. O estudante fez uma menção de agradecimento à orientadora da Texas A&M University, Profa. Susanne U. Mertens-Talcott, Ph.D, à orientadora de doutorado no Brasil, Profa. Dra. Lusânia Maria Greggi Antunes, e à Profa. Dra. Adriana Mercadante da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP, por ceder o fruto para a pesquisa.

CNPq - Qual a Importância da bolsa para sua formação?

Vinicius Venancio - O programa Ciência sem Fronteiras foi fundamental para meu desenvolvimento como pós-graduando e para o desenvolvimento do meu projeto de doutorado no Brasil. Com a bolsa de doutorado sanduíche, eu pude vir à Texas A&M University, trabalhar em um laboratório com ótima infra-estrutura e realizar ensaios de elevada complexidade e custo, os quais eu não teria acesso no Brasil.

CNPq – Você teria essa oportunidade (estudar no exterior) não fosse a bolsa?

Vinicius - Definitivamente não. A bolsa de doutorado sanduíche pelo Ciências sem Fronteiras proporcionou que eu realizasse atividades de pesquisa nos Estados Unidos, o que não seria possível sem o auxílio financeiro.

CNPq - Qual o impacto da pesquisa para o país (impactos sociais, econômicos, benefícios para  sociedade)?

Vinicius - O meu projeto de pesquisa, financiado pelo Ciência sem Fronteiras, envolve o estudo de um fruto ainda inexplorado, encontrado no bioma Amazônico. O nome científico do fruto é Chrysobalanus icaco L. e o nome popular é “guajiru”. Os resultados obtidos durante o período de estágio sanduíche na Texas A&M University indicam que os pigmentos naturais presentes na casca do guajiru (antocianinas) exerceram efeitos citotóxico e anti-inflamatório em culturas de células de câncer de cólon. O impacto desses resultados para o Brasil são diversos. Primeiramente, conhecer as propriedades de saúde que os frutos brasileiros podem oferecer constitui um benefício à sociedade como um todo. Além disso, impactos sociais e econômicos podem ser previstos, uma vez que esse fruto ainda subutilizado possui valor agregado, havendo a possibilidade do desenvolvimento sustentável da produção do guajiru com estímulo para os produtores locais.

Coordenação de Comunicação do CNPq
Foto: Arquivo pessoal