Projeto "Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde" divulga informativo

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Publicação aborda questões referentes a diarreia na infância

A diarreia é uma doença transmissível de pessoa para pessoa, causada por agentes infecciosos como: bactérias, vírus e parasitas. É caracterizada como um aumento na quantidade de água nas fezes, do volume e do número de evacuações, que apresentam a consistência mole e o odor forte, podendo variar de horas até dias nesse estado. Quando não tratada adequadamente as perdas de líquidos pelas fezes podem levar à desidratação, em que a criança apresenta olhos fundos, ausência de lágrimas ao chorar, boca e língua secas, diminuição da quantidade de urina e afundamento da moleira, apresentando, também, sede muito intensa. Em casos mais graves essa condição pode levar a morte, principalmente na infância.

O risco da diarreia infantil aumenta quando há interrupção do aleitamento materno antes dos seis meses de idade, quando a família mora em local sem água tratada e esgoto recolhido e/ou quando os alimentos são preparados sem higiene e armazenados sem refrigeração. Essa doença pode ser prevenida pela amamentação, pelo consumo de água tratada, higiene adequada no preparo e conservação dos alimentos, lavagem das mãos antes das refeições e após usar o banheiro. Também pode ser prevenida por meio da vacina Rotavírus Humano, oferecida gratuitamente pelo SUS a bebês, sendo que a primeira dose deve ser aplicada aos dois meses e a segunda aos quatro meses de idade.

O tratamento da diarreia é feito por uso do chá de camomila, hortelã ou erva doce, sopas de legumes, soro de reidratação distribuído nas unidades de saúde e soro caseiro. Para preparar o soro caseiro, misture em um litro de água mineral, de água filtrada ou de água fervida (mas já fria), uma colher pequena (tipo cafezinho) de sal e uma colher grande (tipo sopa) de açúcar. Misture bem e ofereça o dia inteiro ao doente em pequenas colheradas. As crianças menores de um ano devem receber 50 ml da solução para cada evacuação e os maiores de 1 ano, 100 ml. Outro fator relevante é a alimentação saudável que deve ser composta por frutas, verduras, legumes, cereais e proteínas, como a carne. Além disso, o aleitamento materno, no caso de crianças de até dois anos de idade, é essencial e deve ser mantido. Se em dois dias não houver melhora, apresentar vômitos repetidos, febre e sangue nas fezes, a criança deve ser levada ao serviço de saúde mais próximo da sua casa. Quando o assunto é criança, não se pode deixar para depois.

Colaboração: PET Enfermagem; projeto Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde; Escola de Enfermagem e Pró-reitoria de Extensão
Coordenação: Profa. Erika de Cássia Lopes Chaves e Profa. Simone Albino da Silva

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância: curso de capacitação: aconselhar a mãe ou o acompanhante: módulo 5/ Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. 2. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002f.

CENTRO DE INOVAÇÃO (Brasil). Unimed- BH. Manejo da diarreia aguda em crianças. 2017. Disponível em: <http://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/wp-content/uploads/2017/09/Caso-Clínico-Manejo-da-Diarreia.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2017.

MORAES, A.C.; CASTRO, F. M. M.. Diarreia aguda. 2014. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2014/v102n2/a4191.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2017.

MORAIS, M. B. et al. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2017.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES (Brasil). Vacina rotavírus. 2017. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/81-vacina-rotavirus>. Acesso em: 14 nov. 2017.