A Sistematização da Assistência de Enfermagem e a valorização profissional

No decorrer da história a Enfermagem construiu um corpo de conhecimento próprio que vem se consolidando enquanto ciência. A partir dos anos 70, com o intuito de estabelecer a Enfermagem como profissão, teve início a preocupação com o desenvolvimento de teorias de enfermagem.

Na década de 70, surgiu também a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) que, através do processo de enfermagem, visa a definição e ampliação do espaço da Enfermagem na equipe de saúde e a eficácia da assistência, sendo esta de forma sistematizada e organizada que consiste basicamente em 5 fases, sendo elas: a coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem.

Porém, a SAE ainda não foi amplamente adotada na prática do profissional, seja por conduta do Enfermeiro ou sobrecarga de trabalho, quando, por exemplo, ela é considerada apenas como uma atividade burocrática, perdendo assim sua essência primordial.

A postura do profissional de Enfermagem frente às dificuldades encontradas é crucial para que esta profissão seja valorizada. Contudo, o enfermeiro deve conquistar seu espaço por meio do seu conhecimento com embasamento teórico científico, a fim de que conquiste autonomia o suficiente para desenvolver um trabalho eficiente e sistematizado, melhorando assim a sua assistência ao cliente e satisfação pessoal.

O processo de Enfermagem é uma forma organizada, ou seja, um planejamento para prestar a assistência. Os sistemas de saúde somente terão sucesso em suas ações se houver uma enfermagem eficiente, pois é essa a base de todo o processo que envolve a promoção da saúde, a prevenção de agravos e o tratamento das patologias já instaladas. A enfermagem é uma profissão que tem compreensão ampla da realidade e das necessidades do ser humano, o que torna o Enfermeiro um profissional imprescindível para a assistência à saúde.

Colaboraram: PET Enfermagem; Projeto Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde; Escola de Enfermagem e Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL-MG; Profa. Erika de Cássia Lopes Chaves; e Profa. Simone Albino da Silva; Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo 1995; Conselho Regional de Enfermagem (SP), 1999; Revista Brasileira de Enfermagem, 2004; International Journal of Nursing Practice, 2005; Acta Paulista de Enfermagem, 2007; Oxford: University Press, 2007