Em mostra itinerante, UNIFAL-MG incentiva o processo de ensino-aprendizagem

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Casa da Cultura de Alfenas recebe a exposição “Reinos – Mineral, Vegetal e Animal”

Rochas ornamentais, recursos energéticos, plantas medicinais da Pérsia Antiga e animais taxidermizados do acervo da UNIFAL-MG chamam a atenção de alunos das escolas de Ensino Fundamental e do Ensino Médio, em exposição aberta essa semana na Casa da Cultura de Alfenas.

A mostra “Reinos – Mineral, Vegetal e Animal” é a primeira ação de um projeto idealizado pela Pró-Reitoria de Extensão - com a mobilização de professores e técnico-administrativos de diversas unidades acadêmicas - que visa à criação de um centro para a conservação, pesquisa, divulgação, ampliação e exposição dos acervos científicos da Universidade: o Espaço Ciência e Arte.

De acordo com a pró-reitora de Extensão, Profa. Eliane Garcia Rezende, a proposta de criação desse espaço surgiu a partir de uma demanda da comunidade acadêmica de dispor de um local específico que pudesse reunir toda a coleção científica da Instituição e ser um centro de referência na realização de atividades museológicas, científicas e educativas. Uma comissão foi constituída e algumas estratégias foram elaboradas com medidas imediatas e em médio e longo prazo, para consolidação desse local.

“O Espaço Ciência e Arte representa a consolidação de todo esse processo de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e é extremamente relevante para estimular o aprendizado de todos que vão visitar as exposições”, afirmou a pró-reitora.

Buscando envolver toda comunidade de Alfenas e, sobretudo, as escolas, a primeira mostra foi exposta na Casa da Cultura de Alfenas. “O local foi escolhido justamente para propiciar maior circulação de estudantes da rede pública da cidade e apresentar as possibilidades de utilização de recursos naturais”, explica o produtor cultural da UNIFAL-MG, Ivanei Salgado.

Para a coordenadora de eventos da Secretaria de Educação e Cultura de Alfenas, Elizabeth Vinhas Pereira, a iniciativa da UNIFAL-MG é enriquecedora. “Quando eu fiz o convite para as escolas virem visitar a exposição, eu reforcei a fonte de conhecimento que os alunos poderiam encontrar. Até para nós, adultos, é muito interessante”, contou.

A exposição é acompanhada por universitários, os quais ficam encarregados de explicar aos visitantes do que se trata cada material em exposição. “Além do conhecimento do que está exposta, a gente aprende a se relacionar com os alunos das escolas e é um público muito diversificado. Para cada faixa etária, a gente conversa de uma forma. A gente sempre se adapta para cada público: do ensino médio, do ensino fundamental, do ensino infantil. E é bem legal ver como eles conseguem apropriar o que a gente passa”, narrou sua experiência como monitor, o acadêmico do curso de História, Gabriel Barreto Lopes, que faz parte do projeto de Educação Patrimonial do Museu da Memória e Patrimônio da Universidade.

Profa. Eliane enfatizou a importância de possibilitar essa nova forma de aprendizado aos alunos das escolas e também aos acadêmicos que interagem com os alunos durante a visitação. “Quando a criança do Ensino Fundamental, que faz a visitação, retorna para a sala de aula, ela tem outro olhar sobre o que ela está estudando. Ela consegue compreender melhor o que os livros didáticos trazem porque ela visualizou. Esse espaço representa um auxílio fundamental para o processo de ensino-aprendizagem dessas crianças e não só para elas. Cada pergunta que a criança faz, estimula no monitor, outra forma de ver o material que está ali”, comentou, acrescentando que essas ações de extensão são indissociáveis com a pesquisa e com o ensino, uma vez que tanto no processo de visitação quanto na produção de material que vai para exposição, há muita pesquisa e também uma mudança em qualquer nível de ensino.

Um projeto “ousado”

Entre os objetivos do projeto Espaço Ciência e Arte, está a preservação dos patrimônios científico, tecnológico e cultural, por meio dos seus acervos paleontológicos, arqueológicos, geológicos, biológicos da Universidade, bem como a preservação das espécies e guarda das coleções científicas. O espaço promoverá ainda o desenvolvimento da pesquisa, ensino e extensão, além de atividades científico-culturais e de lazer em Alfenas, atendendo a toda região, como espaço público de visitações turísticas. “Esse espaço está considerando ser expressão para contemplar todas as áreas do saber, portanto, será um espaço multidisciplinar”, esclareceu Profa. Eliane.

Conforme Ivanei, a ideia de criação desse espaço representa um ganho acadêmico, mas também poderá integrar o circuito turístico da região. “É uma ideia ousada, inserida no contexto sócio-político da UNIFAL-MG, já que hoje ainda não temos esse lugar, mas imagina a Universidade ter um espaço onde as pessoas podem visitar todos os nossos projetos. Além de ser um ganho acadêmico e educacional para o Sul de Minas, a questão turística da cidade também poderá ser fomentada”, comentou.

A pró-reitora de Extensão pontua que para a consolidação do Espaço Ciência e Arte, muitas parcerias serão buscadas a fim de conseguir recursos. “Será uma construção gradativa, primeiro a gente vai construir aquilo que a gente já tem, por isso elaboramos medidas imediatas para colocar em movimento os muitos acervos que a UNIFAL-MG já tem. E depois, estratégias em médio e longo prazo, para a consolidação tanto desse espaço físico, quanto depois de toda estruturação de laboratórios e exposições simultâneas”, pontuou Profa. Eliane, citando a possibilidade do local se tornar um referencial turístico.

De caráter itinerante, a primeira exposição do projeto, ficará na Casa da Cultura até o dia 04/12. A exposição deve ser disponibilizada também na sede, na Unidade Educacional Santa Clara e nos campi, em datas ainda a ser divulgadas.

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