Encurtando distâncias

Nos últimos meses, a construção da passarela de acesso entre os prédios “V” e “O” na sede da UNIFAL-MG, ganhou especial atenção da comunidade universitária. Foram dias e dias de obras que alteraram a dinâmica de movimentação no campus, com interrupções de passagem e desvios para o acesso ao prédio “O”, até que a estrutura ficasse pronta para a utilização. Mas com a recente liberação do novo acesso, tudo indica que valeu a pena esperar.

É o que sinaliza, por exemplo, a aluna Thaís Morais, do curso de Odontologia. “Facilitou muito. A gente não precisa mais dar volta para ir à Biblioteca. Além disso, ficou um projeto bacana, bem estruturado. A passarela está totalmente aprovada”, ressaltou.

Os colegas de Thaís, Victoria Ribeiro Rios e Gabriel Mendes, relataram os benefícios proporcionados pela nova passagem. “Hoje a passarela ajudou muito. A gente saiu da aula e veio correndo pegar um livro, passou direto pela passarela, pegou o elevador e já estava na Biblioteca. Antes a gente tinha que dar volta, carregando livro pesado, agora facilitou muito a nossa vida”, afirmou Victoria, que diz frequentar a Biblioteca mais de três vezes por semana.

A Biblioteca Central, localizada no térreo do prédio “O”, recebe por semana, aproximadamente 3 mil usuários, entre alunos, professores e servidores técnico-administrativos, que utilizam o local não apenas para solicitar o empréstimo de livros, mas também para estudo.

Mas a nova estrutura não agradou somente quem precisa utilizar o acervo bibliográfico da Universidade, já que o prédio “O” abriga, também, a Reitoria, as Pró-Reitorias administrativas de Gestão de Pessoas, Administração e de Planejamento, e ainda, as Pró-Reitorias acadêmicas de Graduação e Pós-Graduação, setores frequentados por toda comunidade universitária. No prédio, funcionam também as salas de aula para discentes matriculados nos cursos de pós-graduação, por isso, além dos alunos da graduação, o prédio é frequentado por cerca de 300 alunos de pós-graduação.

Com um pouco mais de 15 metros de extensão, a passarela proporcionou grande agilidade no acesso de servidores e colaboradores que trabalham no prédio “O”. “Facilitou em todos os sentidos. Eu utilizo a passarela cinco vezes por dia para atender as demandas do setor e tem sido bem mais rápido utilizar a passarela”, afirmou a colaboradora Cleida Novais da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas.

A servidora Vera Lúcia Cunha de Oliveira, do setor de Compras, avalia que as vantagens não foram apenas para quem trabalha no prédio. “A instalação da passarela beneficiou não somente quem trabalha no prédio, mas também as pessoas que têm problema de locomoção”, disse.

De fato, o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida é um dos fatores mais relevantes, dentre os benefícios do funcionamento da passarela. Para o aluno Jhonatan Zati, do curso de Letras, que teve paralisia cerebral e utiliza cadeira de rodas, o deslocamento entre os prédios “V” e “O” agora ficou mais fácil. “Acredito que a construção da passarela entre os prédios ‘O’ e ‘V’ tenha chegado em boa hora, pois, quando ela não existia ou não estava pronta, ficava super difícil para uma pessoa, com dificuldades de locomoção temporárias ou permanentes como eu, pudesse ir à Biblioteca sem que isso se tornasse complicado e cansativo. Além de, claro, nos garantir o direito que temos de ter livre acesso a toda UNIFAL”, declarou.

A construção da passarela

De acordo com o coordenador de projetos e obras da CPO/Proplan, o arquiteto José Mário Barbosa Alves, a construção da passarela já havia sido prevista antes mesmo da construção do prédio “O”, em 2008. “Como os prédios abrigariam grande movimentação de pessoas, uma vez que a área de vivência estaria localizada no hall do prédio ‘V’ e a Biblioteca Central no térreo do prédio ‘O’, foi prevista a necessidade de projetar um acesso direto entre os dois prédios, para facilitar o deslocamento de toda a comunidade universitária”, explica.

Para a construção da passarela, foram avaliados critérios de segurança como a instalação de guarda-corpo em vidro laminado duplo e a utilização de um elemento metálico horizontal – brise - para resguardar qualquer tipo de constrangimento aos usuários durante a travessia, em relação a quem estiver debaixo da estrutura e, ainda, a instalação de uma tela de proteção contra queda de objetos, visto que os alunos passariam pelo local carregando livros e mochilas.

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