Pesquisa de curta duração em campo enriquece aprendizado de alunos da Biologia

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Estudantes desenvolveram projetos sobre a flora e a fauna de uma pousada em Guaxupé-MG

 

Uma atividade de campo proposta em uma disciplina optativa do curso de Ciências Biológicas da UNIFAL-MG tem possibilitado que os alunos do curso conheçam de perto a flora e a fauna de um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do Sul de Minas. A partir das aulas teóricas de “Análise da Biota”, os estudantes se preparam desde o início do semestre, para desenvolver projetos de pesquisa de campo, de curta duração, na Pousada Estação Kaphé, no município de Guaxupé-MG.

Conforme narram os professores envolvidos na elaboração do plano da disciplina, o local já era alvo das visitas nos anos anteriores, mas passou por uma ampla reforma, oferecendo ainda mais conforto e hospitalidade aos discentes e docentes da UNIFAL-MG. “Essa área foi escolhida por possuir ainda preservado um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica Estacional Semidecidual do Sul do estado, com mais de 350 hectares”, conta o professor Vinícius Xavier da Silva.  Por já visitarem o local há algum tempo, os professores conhecem bastante sobre sua flora e fauna, o que torna as visitas ainda mais proveitosas.

A responsabilidade da saída de campo fica a cargo dos docentes, Érica Hasui, Flavio Nunes Ramos, Rogério Grassetto Teixeira da Cunha e Vinícius Xavier da Silva, segundo os quais, consideram fundamental essa interação prática para a proposta pedagógica da disciplina. “Na verdade, a turma se prepara para esta viagem desde o início do semestre, elaborando um projeto rápido, que será desenvolvido durante os três dias de campo”, relata o professor Vinícius, acrescentando que na volta, os alunos usam o restante do semestre analisando os dados e apresentando os resultados na forma de um artigo, como se fosse enviado para publicação em uma revista científica.

Para o professor Flavio, a atividade de campo motiva os estudantes a se envolver com a elaboração de uma pesquisa científica, desde o planejamento do projeto até a divulgação.  “A ideia é simular as principais etapas da pesquisa científica, desde o planejamento do projeto, passando pela execução, até uma das formas de divulgação, que é a publicação em periódico científico”, diz. “Outra forma de divulgação é essa própria matéria da Assessoria de Comunicação”, brinca o professor Flavio.

Explicando como ocorrem os trabalhos de campo, professora Érica conta que apesar dos alunos serem divididos em grupos, eles fazem rodízio pelos projetos dos colegas para poder conhecer todos os métodos aplicados. “Cada grupo desenvolve um projeto com um professor, mas todos rodam pelos projetos dos outros, aprendendo a coletar os dados para tentar responder diferentes perguntas com diferentes metodologias, o que enriquece o aprendizado”, explica.

Entre os objetivos traçados para os projetos desse ano, o professor Rogério comenta: “A tentativa dos alunos é avaliar se as aves realmente usam árvores isoladas no meio do pasto como poleiros temporários fundamentais para o descanso durante o deslocamento; verificar se existem mais bromélias, orquídeas e samambaias em árvores da floresta que naquelas do pasto; mostrar que lagartas de borboletas mais venenosas são menos atacadas por predadores e estimar o tamanho populacional de uma perereca”, destaca.

Neste ano, os projetos de pesquisa de campo, de curta duração, foram realizados entre os dias 27 e 29/10.

Com informações e fotos: Vinícius Xavier da Silva, professor do Instituto de Ciências da Natureza da UNIFAL-MG