Pesquisa da UNIFAL-MG prevê uso de games no tratamento de pacientes com AVC

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Projeto inclui no estudo intervenção dos jogos para melhorar os estímulos dos pacientes

Um projeto de pesquisa desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da UNIFAL-MG identificou na utilização de games, a possibilidade de auxiliar no tratamento de pacientes neurológicos.

Intitulada “Avaliação da excitabilidade central e periférica em indivíduos submetidos à realidade virtual para o membro superior parético após Acidente Vascular Encefálico”, a pesquisa é desenvolvida pelas mestrandas Miqueline Pivoto Faria Dias e Viviane Aparecida de Oliveira, sob a coordenação da professora do programa, Andréia Maria Silva e coorientação da Profa. Adriana Teresa Silva Santos. “A ideia surgiu através do aparecimento dos equipamentos Nitendo Wii e, posteriormente, o X-Box”, conta Profa. Andréia. “Foi observado que estes jogos eram motivadores para qualquer idade e através desta observação tivemos a ideia de incluir na reabilitação e por que não reabilitar pacientes neurológicos”, explica a pesquisadora, informando que o projeto conta também com a participação de alunos de Iniciação Científica.

Segundo a coordenadora, cerca de 100 pacientes atendidos na Clínica de Fisioterapia da Universidade e em uma clínica de fisioterapia da cidade de Santa Rita do Sapucaí foram avaliados, dos quais 28 foram selecionados e receberam intervenção, uma vez que o perfil e o quadro clínico adequavam ao critério de inclusão do projeto.

Profa. Andréia detalha que cada paciente foi avaliado de acordo com escalas específicas, dentre as quais foram aferidos o nível cognitivo, o grau de comprometimento motor e o teste do tônus muscular, cujo resultado apontava se o paciente estava apto a participar do estudo. “Na segunda etapa, foi feita a avaliação da atividade elétrica cerebral (EEG) e muscular (EMG) do paciente, para então, iniciarmos a intervenção”, relata.

Atualmente, o grupo de pesquisa está em fase de análise de dados, processando o sinal elétrico cerebral e muscular dos participantes do estudo, no entanto, a professora Andréia adianta que as pesquisadoras acreditam comprovar melhorias proporcionadas pelos estímulos, cognitivo e motor, oferecidos pelos jogos de realidade virtual. “Nossa expectativa é de que este tipo de intervenção melhore a função motora do membro superior de paciente com AVC, auxilie na melhora da atividade cerebral e na melhora da atividade muscular”, afirma.

Em reportagem para o jornal O Tempo, divulgada em setembro, a mestranda Miqueline explicou que a partir do resultado da análise dos dados que estão em processamento, os profissionais da área da saúde vão poder determinar, com mais precisão, os melhores exercícios de reabilitação para cada paciente, segundo as regiões cerebrais mais utilizadas, facilitando assim, a implantação dessa iniciativa de tratamento na rede pública de saúde.

A 1ª edição do Jornal da EPTV de sexta-feira, 17/11, também deu destaque para a pesquisa.

Para mostrar como o tratamento é realizado, a repórter da emissora, Andréia Marques, acompanhou as pesquisadoras durante uma atividade.

Assista na íntegra, a reportagem:

Reportagem também disponível em: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/jornal-da-eptv/videos/t/edicoes/v/pe...