Em encontro sediado pela UNIFAL-MG, reitores discutem segurança e orçamento

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Confira detalhes da reunião da Andifes ocorrida em Poços de Caldas

Encerrando a programação das comemorações do centenário da Instituição, a UNIFAL-MG sediou em Poços de Caldas, a 139ª reunião ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), conforme já divulgado na matéria “Reitores das IFES brasileiras participam de reunião sediada pela UNIFAL-MG”.

Nesse encontro, realizado nos dias 05, 06 e 07/03, os temas em debate foram: “Segurança nas Universidades” e “Orçamento das Universidades”.

Em entrevista para a Assessoria de Comunicação Social (Ascom), o presidente da Andifes, Prof. Targino de Araújo Filho (UFSCar) comentou a realização da reunião na UNIFAL-MG. “Nós acreditamos que a UNIFAL-MG está em processo de crescimento maravilhoso, como está ocorrendo com o sistema como um todo e achamos que seria importante fazer a reunião aqui. Acho que isso é importante, inclusive, para os demais reitores, para conhecer essa região”, disse.

Prof. Targino falou também sobre os desafios da Associação Nacional dos Dirigentes das IFES para 2015. “A Diretoria está muito envolvida com a questão do ajuste fiscal, discutindo no MEC e no próprio Congresso. Vamos trabalhar para a criação de uma frente parlamentar de apoio à universidade federal, mas ao mesmo tempo, estamos otimistas, nós temos um diálogo muito importante com o MEC e acreditamos que vamos achar o caminho para prosperar esses problemas”, afirmou.

Em conversa com a Ascom, o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, também ressaltou a representatividade da Instituição. “Para mim foi muito gratificante observar o crescimento que essa Instituição teve nos últimos 20 anos e também é simbólico estarmos fazendo a reunião da Andifes na cidade, em um campus diferente da origem da sede da UNIFAL-MG, porque mostra que a UNIFAL-MG também se serviu e ajudou a construir o processo de expansão que nós tivemos nas universidades federais nos últimos 10 anos”, destacou, acrescentando que a Universidade contribuiu para a política de expansão.

O secretário da Andifes enfatizou ainda, a organização do evento e os temas em debate durante a reunião. “Observamos aqui que a organização do evento demonstra uma grande capacidade das pessoas que estão envolvidas na realização, e esse evento em si, tem uma característica especial que é o tema relevante”.

De acordo com Gustavo, a conjuntura econômica exige que os reitores analisem e busquem coletivamente saídas para a situação econômica. “É um tema muito importante realizado em uma universidade que cresceu nos últimos anos e em um campus novo dessa universidade - fruto do esforço conjunto que a universidade fez para poder expandir. Portanto, o orçamento é para poder fazer o que a UNIFAL-MG fez nos últimos 20 anos: crescer com qualidade”, salientou.

Segurança nas universidades

Na quinta-feira, 05, foi realizado o seminário “Segurança nas Universidades” que contou com a apresentação do superintendente de Gestão da UFLA, Prof. André Vital Saúde, e do superintendente de Segurança Institucional da UFPE, Armando Nascimento. Os reitores tiveram a oportunidade de conhecer como funciona a segurança nas duas instituições.

Nesse dia também, o procurador federal Flávio Pereira Gomes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), explanou sobre o “Policiamento ostensivo nos campi e adjacências das IFES”.

“Os órgãos de segurança pública devem trabalhar de forma coordenada, não há uma exclusividade, quer seja da Polícia Civil, quer seja da Polícia Militar ou da Polícia Federal, na manutenção da ordem, no combate ao crime”, orientou o procurador.

Segundo Flávio, acreditar que a Polícia Militar ou Civil não pode entrar na universidade por esta ser um bem da União é um mito. “As polícias não só podem como devem ser acionadas na ocorrência de delitos nas dependências da universidade, sejam crimes contra o patrimônio, como furtos e roubos de veículos estacionados; sejam contra a pessoa, como sequestro relâmpago, tentativa de estupro, ou mesmo, lesões”, garantiu.

O procurador defendeu também parcerias entre universidade e instituições de segurança pública com o objetivo de estabelecer protocolos de atendimento às ocorrências. “Há de ser considerado um elemento cultural que é certa rejeição que a comunidade acadêmica tem à presença do poder repressor do Estado, em função de contextos históricos, como a ditadura militar, a concepção de que a polícia não protege, que a polícia vai contra o cidadão e não a favor. Isso precisa ser trabalhado no campo educacional com a comunidade acadêmica, no campo da governança, que seria esse relacionamento institucional, e eventualmente, também no campo jurídico, para dirimir alguma dúvida que haja quanto às atribuições e às competências de cada uma das instituições”, explicou.

A questão do orçamento

Na sexta-feira, 06, os reitores receberam o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, para uma conversa sobre o “Orçamento das Universidades”.

Falando sobre as expectativas para o ensino superior, em especial, para as universidades, o secretário executivo adjunto do MEC ressaltou que nos últimos anos o Ministério da Educação focou no crescimento das universidades, na melhoria da infraestrutura física, no aumento do número de professores e agora prima pela qualidade. “O nosso foco nesse momento é priorizar a boa gestão. Os investimentos que foram iniciados não serão parados, será dado continuidade, o que foi pactuado com cada universidade será mantido, agora o que nós temos que fazer é aprimorar a gestão”, disse.

Wagner citou o projeto Desafio da Sustentabilidade como uma das iniciativas do MEC para a gestão. “O MEC saiu na frente com esse projeto centrado em três pilares: participação social, sustentabilidade e controle do gasto público. O projeto teve 13 mil participantes, nós colhemos 18 mil ideias”, mencionou. Segundo o secretário adjunto, o Ministério da Educação conta com 12 especialistas da área de sustentabilidade que estão trabalhando na elaboração de uma cartilha de boas práticas para que as universidades possam implementar e conseguir reduzir o consumo e o gasto, e poder otimizar os seus recursos. “Só o gasto de energia elétrica nas instituições de ensino superior passa de 400 milhões de reais por ano. Então, iniciativas desse tipo serão muito bem-vindas nesse ano, nós temos que priorizar a gestão”.

Encerramento

No encerramento do evento, o presidente da Andifes, Prof. Targino, agradeceu a equipe da UNIFAL-MG pela acolhida, destacando o jeito “caloroso” dos mineiros. Aproveitando a oportunidade, o reitor da UNIFAL-MG, Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva, manifestou gratidão pela presença dos colegas reitores na reunião nacional sediada pela Instituição.

Lembrando o Dia das Mulheres, comemorado no dia 08 de março, o reitor antecipou os cumprimentos às mulheres, externando publicamente agradecimento à colaboradora da UNIFAL-MG, Michelle Fernanda Ananias, a quem escolheu para homenagear em nome de todas as demais mulheres.