Servidoras da UNIFAL-MG integram o primeiro grupo de especialistas em Extensão Universitária do país

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Curso teve por objetivo o aperfeiçoamento da gestão e do desenvolvimento da Extensão Universitária brasileira

TAE's Meire e Maria Regina da PROEX

No mês de setembro, as servidoras técnico-administrativas da Pró-Reitoria de Extensão - PROEX - da UNIFAL-MG, Maria Regina Fernandes da Silva e Meire Izabel de Araújo, concluíram o Curso de Especialização Lato-Sensu em Extensão Universitária.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG, o curso, inédito e gratuito, é resultado de uma iniciativa dos três fóruns nacionais de Extensão Universitária: o Fórum de Pró‐Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras - Forproex, o Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias – Forext - e o Fórum Nacional de Extensão das IES Particulares - Forexp.

A especialização foi coordenada por uma equipe formada por um representante de cada fórum e oferecida na modalidade semipresencial, com encontros mensais em Belo Horizonte, realizados nas instalações da unidade Coração Eucarístico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas e em São João del-Rey, nos campus da Universidade Federal de São João del-Rey – UFSJ.

“O curso contribuiu para consolidação dos conhecimentos adquiridos na prática do nosso trabalho na Pró-Reitoria de Extensão nesses 7 anos da Meire na PROEX, e 6 anos meus”, afirmou Maria Regina. A servidora conta que um fato enriquecedor foi conhecer o funcionamento da Extensão em outros âmbitos, como nas universidades particulares e universidades comunitárias, cujos organização e enfoque diferem um pouco daqueles das universidades públicas, com as quais a Instituição está alinhada, como integrante do ForProex. Outro aspecto interessante, observado pelas servidoras, diz respeito à existência de três fóruns nacionais de Extensão – o ForProex, o Forext e o Forexp. Segundo elas, em vários momentos do curso, as discussões levaram à conclusão de que a extensão universitária avançaria bastante se o fórum de discussão fosse único e, embora essa possibilidade ainda não seja uma realidade, os organizadores do curso afirmaram várias vezes acreditar que a realização do primeiro curso pode ter sido o primeiro passo nesse sentido.

Extensão da Universidade como objeto de estudo

Para desenvolver o trabalho de conclusão de curso, Maria Regina e Meire procuraram escolher temas que pudessem contribuir com seu trabalho na PROEX, como forma de retribuição do investimento feito pela Unifal-MG para que participassem do curso de formação.

Maria Regina realizou um estudo do aproveitamento da atuação extensionista do discente no cômputo das horas de atividades complementares, com o objetivo de subsidiar a construção de uma regulamentação do aproveitamento dessa atuação na UNIFAL-MG. O trabalho foi apresentado em forma de artigo e contou com a orientação da Profa. Maria de Fátima Sant’Anna, pró-reitora de Extensão da casa. “Tive o privilégio de contar com a Profa. Fátima como orientadora, o que facilitou muito o trabalho”, comentou, enfatizando que as demais orientações do curso foram a distância.

O artigo foi construído a partir do estudo dos projetos político-pedagógicos e das regulamentações das atividades complementares dos cursos de graduação da UNIFAL-MG. Após o levantamento, a servidora apontou uma proposta de como iniciar a regulamentação do aproveitamento da atuação extensionista discente no cômputo das Atividades Complementares. “Observa-se que, de maneira geral, a atuação do aluno em Extensão é incentivada e computada na integralização dos cursos. O desejo é garantir, ao discente interessado, uma quantidade mínima desse aproveitamento curricular de sua atuação em projetos e programas de extensão”. Outro fato observado pela servidora, durante a pesquisa em documentos mais gerais e nos documentos da Instituição é que “a UNIFAL-MG sempre esteve muito alinhada com as discussões do ForProex e do ForGrad, se adequando rapidamente às diretrizes discutidas nestes fóruns. Observei que, por exemplo, quase concomitantemente ao início das discussões dos fóruns sobre o tema da flexibilização curricular, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da então EFOA – Ceufe publica, em 2003, a resolução 002/2003, para regulamentar a Flexibilização Curricular nos cursos de graduação.”

Meire desenvolveu uma monografia centrada no tema “Indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão na Universidade Federal de Alfenas: um panorama do período de 2011-2012", que teve como base, a investigação de informações que constam nos relatórios de projetos e programas de Extensão da Instituição.

Segundo a TAE, o ponto de partida foi o artigo 207 da Constituição Brasileira de 1988 que dispõe que “as universidades [...] obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Este princípio estabelece que para qualificar a produção universitária é necessária a tridimensionalidade do fazer universitário, no qual a Extensão colabora com a formação profissional de estudantes e professores, fortalecendo o aprendizado, o ensino e a formação profissional e cidadã.

Meire traçou um panorama das ações de Extensão realizadas entre 2011 e 2012 na UNIFAL-MG, que de fato estiveram vinculadas ao Ensino e à Pesquisa. “A Extensão é entendida como um processo acadêmico e como processo, ela tem que estar vinculada ao Ensino e à Pesquisa, para ser uma atividade de Extensão qualificada, em que o aluno realmente aprenda com base na realidade”, explica.

O resultado mostrou que, em sua maioria, as iniciativas de Extensão na área de saúde na Universidade, são as que melhor correspondem ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

A participação das servidoras no curso foi possível após aprovação em edital próprio, no qual cerca de 30 alunos de diversas Instituições de Ensino Superior públicas, comunitárias e particulares de 10 estados brasileiros foram selecionados. Os custos relativos à frequência das servidoras aos encontros presenciais foram integralmente financiados pela UNIFAL-MG, por meio da Pró-Reitoria de Extensão - que custeou as diárias - e da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - que financiou as passagens de ônibus.

Maria Regina e Meire agradecem à Universidade pela oportunidade de cursarem a especialização e, em especial, à Profa. Fátima, pela colaboração para que as servidoras pudessem participar efetivamente do curso e realizar os trabalhos propostos.

O curso foi promovido no período entre junho de 2012 e setembro de 2013.

Informações: Ana Carolina Araújo - jornalista da Assessoria de Comunicação Social da UNIFAL-MG
Colaboração: Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL-MG