Trabalho de aluno da UNIFAL-MG é premiado em Simpósio Internacional de Ecologia

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Estudo aborda como diferentes cultivos agrícolas afetam as espécies de anfíbios

O estudo "The matrix effect and the amphibians decline in Atlantic forest" desenvolvido pelo aluno do curso de Ciências Biológicas da UNIFAL-MG, Lucas Ferrante, recebeu o prêmio de melhor trabalho durante o 1º Simpósio Internacional de Ecologia e Conservação, promovido pela Universidade Federal de Minas  (UFMG), de 25 a 27/08, em Belo Horizonte.

A pesquisa aborda como diferentes cultivos agrícolas como o café, a cana de açúcar e pastagens, além de paisagens mistas de agricultura, afetam a estrutura dos remanescentes florestais da Mata Atlântica e, consequentemente, a composição de espécies de anfíbios. “Os anfíbios são organismos bioindicadores, além de ser o grupo mais ameaçado entre os vertebrados de acordo com a Lista Vermelha de animais ameaçados da União Internacional para a Conservação da Natureza”, explica Lucas, que é também membro do grupo de especialistas de anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

De acordo com o acadêmico, o estudo é um precursor para que uma melhor gestão dos cultivos agrícolas sejam implementados ao redor dos remanescentes florestais, a fim de garantir uma agricultura mais sustentável e menos agressiva ao pouco que restou do bioma. “A Mata Atlântica atualmente tem menos de 7% de sua extensão original e se encontra em severo estado de fragmentação”, ressalta.

 O trabalho contou com a colaboração da bióloga Maria Fernanda de Oliveira Sampaio, formada na UNIFAL-MG; da aluna de Ciências Biológicas da Universidade, Thays Natani Silva Santos, que se encontra no programa Ciências Sem Fronteiras na Austrália; do mestrando em Ecologia e Tecnologia Ambiental da Instituição, Rodrigo Cesário Justino; do professor do Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), Eric Batista Ferreira, além da participação da pesquisadora peruana Ariadne Angulo, que é Autoridade Global da Lista Vermelha de Anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Compartilhando sua satisfação pelo reconhecimento no evento internacional, Lucas comenta: “O fato de nosso trabalho ter ganho o primeiro lugar no Simpósio Internacional de Ecologia e Conservação é uma enorme satisfação e sensação de esforço reconhecido, além de saber que estamos contribuindo ativamente para a conservação da biodiversidade de um dos biomas mais ameaçados em nosso planeta”.

Confira o resultado da premiação