Portal do MEC destaca “eixo ético-humanista” do curso de Medicina da UNIFAL-MG

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Reportagem foi repercutida também no Portal Brasil

A proposta pedagógica do curso de Medicina da UNIFAL-MG, baseada no eixo ético-humanista, ganhou destaque em reportagem divulgada no Portal do Ministério da Educação (MEC) e no Portal Brasil.

Assinada por Ionice Lorenzoni, a matéria traça o perfil do médico generalista que a Universidade pretende formar: com boa formação em saúde da família e gestor de educação em saúde coletiva.

Para falar da proposta inovadora, a jornalista conversou com a coordenadora do curso na Instituição, Profa. Evelise Aline Soares, que explicou como a UNIFAL-MG construiu o currículo para a formação do aluno.

A reportagem ganhou destaque no dia 01/08 no Portal do MEC e foi repercutida no Portal Brasil, nesta segunda-feira, 04/08.

Confira na íntegra:

Instituição mineira oferece curso com base ético-humanista

Aprender a ouvir e a perguntar. Esse é o eixo ético-humanista do novo curso de medicina da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), construído com base na política nacional de expansão das escolas médicas das instituições federais de educação superior, instituída pelo Ministério da Educação em julho de 2013. A primeira turma, com 60 estudantes, começou o curso em março deste ano, no campus-sede da Unifal, em Alfenas, Minas Gerais.

Um médico generalista, com boa formação em saúde da família, gestor de educação em saúde coletiva e social, é o perfil do profissional que a universidade pretende formar e entregar à comunidade, segundo Evelise Aline Soares, coordenadora do curso na instituição. A tônica, de acordo com Evelise, é prevenir a doença. Essa mudança vai na contramão da prática tradicional da formação de médicos, que é tratar a doença.

Para iniciar o aluno nessa formação, o currículo da Unifal criou um bloco de comunicação que inclui disciplinas, do primeiro ao sexto período, com prática externa, em unidades do programa Saúde da Família. Evelise salienta que as matérias seguem uma sequência na qual o futuro médico aprende a ouvir o paciente e a fazer as perguntas que o ajudarão a traçar um bom diagnóstico. Ao proceder dessa forma, o profissional vai pedir exames apenas como complemento, não ficará dependente deles para definir o tratamento.

Com alunos na faixa etária de idade de 17 a 36 anos, a primeira turma de medicina da Unifal é diversificada não só na idade, mas também na procedência e na trajetória pessoal. Dos 60 matriculados, 25 estudaram em escolas públicas, alguns têm graduação em enfermagem, pedagogia, geografia e engenharia e há também concluintes do ensino médio em escolas particulares. A maioria, segundo a coordenadora, é de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. Há um goiano e um mato-grossense.

Transferências — A distância entre a residência familiar do aluno e a instituição de ensino motivou o pedido de transferência de 26 estudantes da turma ao fim do primeiro semestre letivo. Evelise explica que a prioridade do aluno é estudar na faculdade mais próxima possível da casa dos pais. Como a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), usada por instituições públicas de educação superior para a seleção, é válida por um ano, alunos da turma da Unifal participaram da segunda edição deste ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), conseguiram vagas e se transferiram para as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Ouro Preto (Ufop) e Juiz de Fora (UFJF). Do grupo inicial, apenas um aluno desistiu do curso. As aulas do segundo semestre tiveram início no dia 21 último.

Sem hospital-escola, a Unifal firmou uma série de convênios com hospitais para a prática e estágio dos estudantes. Em Alfenas, com a Santa Casa; em Varginha, com os hospitais Bom Pastor e Regional. O curso de medicina da Unifal foi autorizado pelo Ministério da Educação em 11 de dezembro de 2013, pela Portaria nº 654 da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). É um bacharelado presencial, em turno integral, com 12 semestres de duração. O Sisu é a forma de ingresso, uma vez por ano, com oferta de 60 vagas.

Expansão — Em 2013, o MEC autorizou a abertura de 19 cursos de medicina, em 16 universidades federais, como parte do plano de expansão do ensino médico, num total de 1.080 vagas, conforme dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu). A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com sede em Chapecó (SC), foi autorizada a abrir um curso, no campus de Passo Fundo (RS), com 40 vagas, no segundo semestre do mesmo ano. As outras 15 universidades foram autorizadas a abrir cursos ao longo deste ano, conforme as tabelas:

Ionice Lorenzoni