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O projeto de extensão "Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde" coordenado pela Profa. Simone Albino da Silva, da Escola de Enfermagem, preparou um informativo intitulado "Povos Indígenas: As barreiras para a saúde". Confira a seguir:
Povos Indígenas: As barreiras para a saúde
Segundo o IBGE 2010, em todo território brasileiro há 247 povos indígenas que compõem 305 etnias, falam 274 línguas e possuem uma população de 897 mil pessoas. Cada povo possui uma cultura própria, e essa diversidade cultural, que é uma das maiores riquezas do país, também é o que mais dificulta a elaboração e implementação das políticas públicas específicas. Desde 1988, com a Constituição Federal, a população indígena ganhou seu devido reconhecimento, cidadania e autonomia, portanto é garantido por lei o respeito à sua organização social, cultural, suas crenças e tradições bem como o direito sobre as terras onde habitam sendo dever do Estado protegê-las e demarcá-las. É também direito da população indígena o acesso à saúde, pois é um direito de todos e dever do Estado.
Muitos são os problemas que mantém os índios em condições de vida insatisfatórias e sem o atendimento básico de saúde. Essa barreira existe devido às diferentes crenças, culturas e a falta de informação, o que dificulta a o acesso dos índios ao serviço de saúde especializado. No entanto, os postos de saúde são construídos e regidos como um elemento completamente afastado da cultura indígena, levando-os a inserir-se no sistema de saúde convencional. A falta de interação entre a ciência tradicional com os saberes dos índios evidencia a ausência da valorização de sua cultura e conhecimentos, afastando-os das equipes de saúde, fazendo com que não recebam os cuidados necessários.
Frente às dificuldades encontradas, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, o qual tem como propósito garantir a eles o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando a diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política de modo a favorecer a superação dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde, reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito desses povos a viver conforme sua cultura.
Colaboraram: Escola de Enfermagem UNIFAL-MG; Projeto Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde Grupo PET Enfermagem; Profa. Simone Albino da Silva; Profa. Erika de Cássia Lopes Chaves; Fundação Nacional do Índio (FUNAI); Instituto Socioambiental (ISA) e Determinantes Sociais da Saúde: portal e observatório sobre iniquidades em saúde.