Informativo sobre bullying é divulgado por projeto de extensão da Enfermagem

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Confira questões e estratégias que ajudam a evitar este comportamento agressivo

O projeto de extensão "Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde" coordenado pela Profa. Simone Albino da Silva, da Escola de Enfermagem, preparou um informativo sobre bullying. Confira a seguir:

Bullying NÃO é brincadeira!

O bullying é o conjunto de comportamentos violentos, como chateações hostis e atitudes agressivas verbais ou não verbais. Esses atos costumam ser intencionais e frequentes, sem motivação aparente, praticado por um ou mais estudantes em relação a outros. É um grave problema que ocorre no meio estudantil registrado desde a década de 70. Um estudo norte americano de 2006 apontou que na população estudantil mundial, mais de 50% dos estudantes já sofreram alguma forma de bullying, sendo mais de uma em cada 8 crianças.

As vítimas raramente pedem ajuda, principalmente por temerem as consequências de expor a situação aos adultos. Assim, é importante que os familiares observem mudanças de comportamento, tais como: piora dos resultados escolares; isolamento; alterações do sono; diminuição do apetite; recusa a voltar para a escola e surgimento de sinais de violência física.

Como estratégias para o enfrentamento a escola pode promover palestras educativas sobre o tema, estimular condutas pautadas no respeito ao próximo, além de capacitar equipes pedagógicas. A família deve prezar por um diálogo franco com a criança e o jovem, objetivando identificar a motivação dos sentimentos e comportamentos expressos e estimulá-los a resgatar a autoestima e construir uma identidade social. Ao Ministério Público cabe garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente com o objetivo de impedir e reprimir quaisquer infrações que coloque em risco a integridade dessa população. Outro aparato legal é a Lei federal Nº 13.185, de 6 de novembro de 2015, que estabelece o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, definindo como dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e ao bullying.

De acordo com a Cartilha do Conselho Nacional de Justiça (2010), as consequências do bullying dependem das condições biológicas, psicológicas e sociais do indivíduo, além da forma e intensidade das agressões. A vítima pode sofrer com isolamento; angústia; humilhação; desenvolvimento de depressão e ansiedade. Os agressores que, geralmente são populares e temidos pela humilhação que causam, tem maior risco de apresentar problemas de conduta, envolvimento com delinquência e condenação por crimes na vida adulta.

O trabalho do enfermeiro frente às situações de bullying representa-se como um desafio, exigindo ações de promoção da saúde, práticas educativas, identificação de sinais, sintomas e riscos de violência e vulnerabilidades. Assim, a enfermagem trabalha a favor da transformação da realidade individual e coletiva.

Colaboraram: Escola de Enfermagem da UNIFAL-MG; Projeto Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde Grupo PET Enfermagem; Profa.Simone Albino da Silva; Profa. Erika de Cássia Lopes Chaves; Ministério Público do Estado de São Paulo; Governo do Estado do Paraná; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP/USP; 3ª Convibra;  Revista Temas em psicologia; Revista  Interinstitucional de Psicologia; Revista Brasileira de Psiquiatria; Cartilha 2010 Justiça nas escolas CNJ; LEI Nº 13.185, de 6 de novembro 2015 e Cartilha Bullying: não é legal