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Genética Humana unindo UNIFAL-MG e UNESP por meio de convênio interinstitucional

Por Ana Carolina Araújo em sex, 26/05/2017 - 11:40
Primeiro trabalho em parceria entre as universidades será realizado na APAE Alfenas
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Prof. Angel Mauricio Castro Gamer (coordenador do Laboratório de Genética Humana da UNIFAL-MG), Prof. Danilo Moretti-Ferreira (geneticista do Serviço de Aconselhamento Genético da UNESP-Botucatu), Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva (reitor da UNIFAL-MG) e Anna Rosa Silveira (enfermeira da APAE)

Durante a realização do 1º Simpósio de Genética Humana da UNIFAL-MG [2], que ocorreu nos dias 18 e 19/05 na Instituição, o professor Danilo Moretti-Ferreira, geneticista responsável pelo Serviço de Aconselhamento Genético do Instituto de Biociências da UNESP-Botucatu (SAG-UNESP), que participou do evento, também se reuniu com o reitor, Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva, para celebrar convênio entre as duas universidades. Na oportunidade, também esteve presente, a enfermeira da APAE de Alfenas, Anna Rosa Silveira, representando a entidade que integrará o primeiro trabalho a ser realizado pelas instituições parceiras.

O convênio estabelece um programa de cooperação acadêmica que permitirá realização de estudos e pesquisas, consultorias, conferências, publicações, realização de cursos, treinamentos, estágios, entre outros, pelos próximos cinco anos, em prol do desenvolvimento acadêmico-científico de ambas as instituições.

A parceria foi possível devido às ações desenvolvidas entre o Setor de Genética Humana da UNIFAL-MG e o Serviço de Aconselhamento Genético do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu, que elaboraram o projeto de pesquisa intitulado: “Estudo genético-clínico-laboratorial de portadores de deficiência intelectual institucionalizados na APAE de Alfenas-MG”.

Conforme explica o professor Angel Mauricio Castro Gamero, pesquisador responsável da proposta e coordenador do Laboratório de Genética Humana da Universidade, o projeto conta com a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição para sua execução e com a participação de diversos docentes da UNIFAL-MG, junto ao professor Danilo Moretti-Ferreira da UNESP-Botucatu (SAG-UNESP).

“O SAG-UNESP é um centro de referência nacional na área do aconselhamento e diagnóstico genético, desenvolvendo ações para o auxílio aos portadores de anomalias genéticas e seus familiares desde o ano de 1967”, explica Prof. Mauricio.

De acordo com o pesquisador, o SAG-UNESP oferece serviços que englobam o suporte ao diagnóstico (com exames laboratoriais), prognósticos, recomendações terapêuticas e comunicação e análise da família do portador, além do desenvolvimento de pesquisas científicas sobre diversos distúrbios genéticos. “Embora o convênio atenda primariamente as necessidades acadêmico-científicas da área da Genética Humana, esta parceria representa uma porta de entrada para uma enorme lista de oportunidades acadêmico-científicas para ambas as instituições”, afirma, acrescentando que o convênio prevê a realização de trabalhos nos próximos cinco anos de pesquisa. “Este tempo pode ser ampliado para a realização de inúmeras atividades acadêmico-científicas em qualquer área do conhecimento entre a UNIFAL-MG e qualquer uma das 34 unidades universitárias da UNESP distribuídas em 24 cidades do estado de São Paulo”, enfatiza.

Projeto precursor da parceria

O professor Danilo Moretti-Ferreira da UNESP explica que o modelo de convênio firmado com a UNIFAL-MG é chamado “guarda-chuva”, por iniciar qualquer parceria no âmbito de ensino, pesquisa e extensão à comunidade. Para o pesquisador, o projeto de pesquisa “Estudo genético-clínico-laboratorial de portadores de deficiência intelectual institucionalizados na APAE de Alfenas-MG”, primeiro trabalho a ser realizado em parceria entre as duas instituições, não se restringe a um projeto de pesquisa somente. “Muito embora seja um projeto de pesquisa, ele também tem as características de projeto de extensão, pois irá colaborar com o diagnóstico, prognóstico e aconselhamento genético para todos os internos da APAE-Alfenas”, salienta.

Explicando o contexto da pesquisa, o professor Maurício esclarece que a APAE de Alfenas concentra a atenção clínico-pedagógica dos portadores de Deficiência Intelectual (DI) na cidade de Alfenas e de 19 cidades da região Sul de Minas e, que, um levantamento recente, determinou que mais de 90% dos portadores de DI moderada-profunda-grave atendidos neste centro assistencial, carecem de qualquer tipo de diagnóstico genético, desconhecendo estudos ou pesquisas que tenham tentado explorar e compreender as bases genéticas dos pacientes afetados e sem a realização de um adequado aconselhamento genético às famílias portadoras. “Reunindo esses critérios e considerando que entre as principais causas da DI moderada-profunda-grave encontram-se as alterações cromossômicas e/ou mutações em genes únicos determinantes de doenças monogênicas com padrões de herança clássicos, acreditamos que tais estudos poderiam impactar positiva e significativamente no tratamento e prognóstico do paciente, assim como ajudar a compreender as consequências e futuros riscos para a família dos portadores”, detalha.

Além de contribuir para as investigações genéticas dos portadores de Deficiência Intelectual da APAE de Alfenas, o professor Danilo acredita que o projeto propiciará o aprendizado de estudantes e pesquisadores. “O projeto visa engajar alunos de graduação, de pós-graduação e profissionais envolvidos com o tema, proporcionando aprendizado e aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos in loco”, ressalta. “Acreditamos ser este o primeiro de muitos outro projetos que pretendemos implantar/implementar junto ao Serviço de Genética Humana e Médica da UNIFAL-MG”, completa.

Para o reitor da UNIFAL-MG, Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva, o termo de cooperação firmado com a UNESP contribuirá não apenas para a cooperação técnico-científica entre alunos e professores das duas instituições, como também para oferecer um serviço inédito na área de Genética Humana para a região. “Essa parceria é muito importante, uma vez que possibilitará o intercâmbio de experiências e conhecimentos em ensino e pesquisa entre as duas universidades, assim como a prestação de serviços em Genética Humana para a população da região Sul de Minas, que ainda não dispõe de serviços na área”, conclui.

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