Pró-reitor de Planejamento debate governança corporativa em Fórum da RNP

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Prof. Tomás Sant’Ana integrou painel no evento nesta terça-feira, 25/08, em Brasília

O pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional da UNIFAL-MG, Prof. Tomás Dias Sant’Ana, também coordenador do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração (Forplad), ministrou palestra durante o Fórum da Rede Nacional de Ensino Pesquisa (RNP 2015), nesta terça-feira, 25/08, em Brasília.

Na oportunidade, o pró-reitor falou sobre os principais requisitos para uma boa governança corporativa no painel que debateu modelos adotados em instituições públicas federais.

A edição deste ano do evento, que acontece de 25 a 27/08, tem como tema “Mobilidade”, abrindo espaço para discussões sobre a importância e os desafios do uso de tecnologias móveis para as áreas de ciência e tecnologia, educação, saúde, cultura e defesa. Participam do fórum: profissionais de TIC e fornecedores, coordenadores de projetos de pesquisa, pró-reitores e diretores de universidades, além de gestores públicos.

A seguir, confira notícia divulgada pela Assessoria de Comunicação da RNP, na qual destaca o tema ministrado pelo Prof. Tomás.

Painel debate modelos de governança corporativa em instituições públicas federais

Organizações complexas como as instituições de ensino precisam dar atenção especial à governança corporativa, afirmou o secretário de fiscalização de TI do Tribunal de Contas da União (TCU), Daniel Jezzini Neto, na trilha de Governança e Liderança, no primeiro dia do Fórum RNP 2015. “Na universidade, por exemplo, cada setor tem seus próprios líderes, que se sentem desconfortáveis com qualquer influência. A governança de qualquer natureza incomoda, porque não gostamos de ser governados”, declarou Jezzini Neto.

Por governança corporativa, entendem-se as práticas adotadas pelas instituições para alcançar os resultados planejados. Segundo a visão do TCU, a governança está calcada em três mecanismos básicos: liderança, estratégia e controle. “Há que ter uma direção. Nossos objetivos serão entregues, mas a que custo, a que risco e a que tempo?”, questionou.

A experiência de governança nos institutos federais foi apresentada pela reitora do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha e coordenadora da Câmara Temática de Desenvolvimento Institucional (CONIF), Carla Comerlato Jardim. Ela ressaltou que os IFs são o produto de uma política do Governo Federal que passou a entender a educação profissional e tecnológica como estratégica e tão importante quanto a educação acadêmica para o desenvolvimento do país. “Somos executores de políticas de inclusão das populações que ficaram historicamente excluídas do sistema de ensino superior”, avaliou Carla.

De acordo com a reitora, a autonomia na gestão dos IF's facilita a implementação dos processos de governança corporativa, que seguem um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) quinquenal e um termo de acordo de metas decenal. Como principais ferramentas de governança, ela citou pesquisas de clima organizacional, autoavaliação institucional independente, feita por comissão própria, e avaliações externas, relatórios de gestão e prestação anual de contas, além de um sistema de monitoramento e avaliação de execução do PDI. “Trabalhamos com a principal matéria-prima de qualquer processo de desenvolvimento, que são as pessoas”, declarou.

Já o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) e coordenador do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração (Forplad) da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Tomás Dias Sant'Ana, afirmou que é comum nas universidades federais que a locomotiva seja o orçamento, e não o planejamento. “Estamos sempre apagando incêndios. Quantos mais tivermos processos que nos auxiliem, mais teremos capacidade de gerenciar isso com mais precisão”, disse.

Segundo um levantamento feito pelo Forplad, entre os principais requisitos para uma boa governança corporativa, as universidades apontaram gestão participativa e transparência. Já entre os principais entraves, foram apontados a cultura organizacional e liderança.

Diante desse quadro, o projeto FORPDI, do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração (Forplad), propõe desenvolver uma solução automatizada de software que permite o desenvolvimento participativo do PDI e a sua relação com a gestão orçamentária. “Estamos tentando mudar a locomotiva, fazendo com que o planejamento puxe a estrutura. O objetivo é ajudar esse processo de mudança da cultura organizacional”, concluiu.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)