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Geografia na UNIFAL-MG: 10 anos de
desafios e conquistas Curso comemorou uma década durante a
4ª Jornada Científica realizada na Instituição
Trabalhando os eixos Geoambiental, Geotecnologias, Socioespacial e Geografia
e Ensino, a jornada contou com minicursos, oficinas, mesas-redondas e sessões
de filmes e documentários com debate, que reuniram convidados da Universidade
e de outras instituições para a troca de saberes sobre temas como: “Meio
ambiente, sustentabilidade e paisagem: realidades, conceitos e aplicações”;
“Geotecnologias: aplicações de análise espacial em estudos geográficos”;
“Dimensões do espaço geográfico brasileiro e mineiro: território, saberes e
conexões” e “Gênero, práticas espaciais e ensino de geografia”. Espaços
para relatos de vivência também foram inseridos na programação, para que
ex-professores, ex-coordenadores e atuais; além de discentes pudessem
refletir sobre os 10 anos do curso.
“Nós acreditamos que um evento como esse tem múltiplas funções”,
afirmou o coordenador do evento, Prof. Gil Carlos Silveira Porto, também
coordenador do curso de Geografia – Licenciatura, em conversa com a
Assessoria de Comunicação Social, ao explicar a importância da jornada e, em
especial, esta edição que resgatou o que foi feito nesses 10 anos do curso e
apresentou o desafio do que vem pela frente para professores e alunos. “É
um resgate do que foi feito e é uma expectativa de criar um caminho mais
interessante para formar geógrafos e professores da Geografia mais
comprometidos com a sociedade. Então a jornada tem um aspecto que eu acho
legal, que é uma tentativa de criar um diálogo entre o curso de Geografia e a
UNIFAL-MG, com a comunidade onde o curso se insere”, disse.
Conforme Prof. Gil, a Comissão Organizadora incluiu uma mesa-redonda com a
temática “A relação da UNIFAL-MG e do curso de Geografia com seu
entorno”, da qual foi convidada uma moradora do bairro Santa Clara,
para falar da origem da comunidade e das atuais demandas com professores e
discentes; e também a diretora de uma escola do bairro para compartilhar
vivências. “Nós estaremos atentos a essas demandas que a sociedade coloca
para a Universidade”, enfatizou.
A cerimônia de abertura foi realizada na segunda-feira,
O público também prestigiou a apresentação musical dos alunos Marina Rosa e
Higor Mateus, que abrilhantaram o evento com interpretações, ao piano e voz,
de músicas como “Nem um dia”, “Sozinho”, “Primavera”, “Paciência” e “Linda
rosa”.
Na oportunidade, integraram a mesa de honra: a vice-reitora, Profa. Magali
Benjamim de Araújo; o diretor do Instituto de Ciências da Natureza (ICN),
Prof. Flamarion Dutra Alves; o coordenador do evento e do curso de Geografia
– Licenciatura, Prof. Gil Carlos Silveira Porto; o representante do Colegiado
do curso de Geografia – Bacharelado, Prof. Evânio dos Santos Branquinho; e a
representante discente, Hanna Sayuri.
A conferência que abriu o evento foi ministrada pelo professor Carlos Walter
Porto Gonçalves, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que abordou “A geografia brasileira e
latino-americana no começo do século XXI”. UNIFAL-MG debate impactos da crise
sobre a Educação no Brasil Comunidade acadêmica se reúne no
lançamento do projeto “Observatório da Crise Brasileira” Lançado na terça-feira, 31/05, o
primeiro encontro do projeto abordou “Os Impactos da atual crise sobre a
Educação no Brasil”, tema que foi analisado em uma mesa-redonda
composta pelos professores convidados: Paulo Márcio de Faria e Silva, reitor
da Instituição; Geovania Lúcia dos Santos, professora de Política Educacional
e Gestão Escolar do ICHL, e Luis Antônio Groppo, professor de Sociologia do
ICHL, com ênfase nas áreas Sociologia da Educação e Sociologia da Juventude. Na abertura do evento, o diretor
do ICHL, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, explicou o que originou a idealização
do projeto, dizendo se tratar de uma ideia que nasceu com o objetivo de
inserir a Universidade como um espaço para reflexão, uma vez que ela é
entendida como agente de análise e formação e transformação de uma sociedade
democrática. “O projeto tem como
principal pressuposto, a tese de que a universidade possui alguns
compromissos que são intrínsecos a mesma, ou seja, que são próprios do ser
universidade. Uma universidade não faz jus a esse título a menos que esteja,
em nossa concepção, fortemente comprometida com o rigor na produção do
conhecimento cientificamente embasado, com formação holística de sujeitos
críticos e com a defesa das instituições e dos valores democráticos”, argumentou. Na sequência, o mediador da
mesa-redonda, o vice-diretor do ICHL, Prof. Romeu Adriano da Silva,
apresentou os convidados e suas respectivas contribuições para o debate a
partir de suas formações e atuações. Olhares sobre a crise A primeira exposição foi feita
pelo reitor, que analisou a situação brasileira, do ponto de vista de gestor
e como integrante nas discussões propostas no Fórum de Dirigentes de
Instituições Públicas de Minas Gerais (Foripes) e também nos encontros realizados
junto a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes). O professor Paulo Márcio
apresentou um panorama, partindo da ideia de existir uma associação de crises
e não uma crise isolada. “Eu entendo
que o que explica a profundidade da gravidade dessa crise, na minha forma de
ver, é que na verdade ela se insere numa associação de crises. Não há uma
crise isolada. Eu identificaria aqui: uma crise moral e Sobre os impactos sobre a
Educação, o professor mencionou algumas medidas do atual modelo que
comprometem o Ensino Superior, como, por exemplo, a contraposição entre o
Ensino Básico e o Ensino Superior, que desmantela a noção da Educação global
brasileira, a qual deveria ser priorizada como um todo; a desvinculação de
receitas da União para a Saúde e Educação e a limitação dos gastos públicos,
que chocam com o Plano Nacional de Educação e anunciam possibilidades de
congelamento de recursos para o Ensino Superior. “A crise na Educação e a Educação na crise” foi o tema central da
fala da professora Geovania, que disse ser pertinente pensar na Educação como
um ponto de partida para refletir o cenário atual. “A Educação é, obviamente, um bem público no plano social, uma
conquista. Como bem público, ela resulta de uma conquista longa e é um bem
público meritório, ou seja, é um bem público cujos desdobramentos, ou cujos
bens vão para além da própria pessoa, do próprio indivíduo que se serve ou
usufrui deste bem público”, pontuou. Profa. Geovania lembrou que a Educação
é um direito previsto na Constituição e que educar uma pessoa é caminhar no
sentido de construir um modelo de sociedade. “A Educação é um direito do cidadão, é um direito da pessoa, e visa
ao pleno desenvolvimento desta pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Portanto, eu acho que a
centralidade da Educação está muito ligada à posição estratégica desse setor
da política pública e das políticas sociais”. A exposição do Prof. Groppo versou
sobre as repercussões educacionais a partir de três momentos vividos pelo
país recentemente: as jornadas de junho de 2013; as ocupações em escolas
públicas e estaduais de São Paulo, Goiás e no Rio de Janeiro, e o caráter
antieducativo do processo de impeachment em relação à democracia e ao próprio
Estado democrático de direito. “O
impeachment está sendo feito ao arrepio dos princípios republicanos e
democráticos”, frisou Prof. Groppo, que deixou claro que sua defesa não é
pelo governo petista, mas pelo Estado democrático de direito. De forma otimista, o professor
Groppo fechou sua explanação compartilhando sua expectativa. “Hoje nós estamos em um momento ruim da
política, sim, mas já foi pior, já saímos de uma situação muito pior, então
eu tenho esperança que a gente possa reagir contra tudo isso e lutar pelo
retorno da democracia, do Estado democrático de direito e pela garantia da
Educação como direito público”. Após as exposições, o público
interagiu com os ministrantes ampliando o debate sobre a crise. Confira outras
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exploração de trabalho escravo |
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