Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: cid:image003.jpg@01CD4D48.1481B000Alfenas, 01 de Julho de 2016 – Ano V – Nº 162

 

Pesquisador da UNIFAL-MG conquista o 1º lugar em desafio internacional

Prof. Humberto Brandão foi o melhor colocado entre 1.200 cientistas de dados do mundo

 

            Pela segunda vez em 2016, o coordenador do curso de Ciência da Computação da UNIFAL-MG, Prof. Humberto César Brandão de Oliveira, é destaque em um desafio internacional na área de Inteligência Artificial (IA) ao criar uma nova forma de resolver um problema considerado complexo. Dessa vez, o pesquisador da Universidade conquistou a primeira colocação no desafio lançado com os dados da NBA (Associação Norte-Americana de Basquetebol), o qual foi disputado por 1.200 pesquisadores de todo mundo.

            Segundo o professor, semelhante à primeira competição, na qual conquistou a segunda posição, conforme divulgado pela Assessoria de Comunicação Social na notícia UNIFAL-MG é medalha de prata em campeonato internacional de pesquisa aplicada, este desafio também foi disponibilizado por meio da plataforma Kaggle.com, da qual participam mais de meio milhão de pesquisadores. “O ambiente funciona como um mercado, pois liga a oferta à demanda. A empresa interessada apresenta a demanda, um problema considerado ainda não bem resolvido, e os pesquisadores têm a possibilidade de ofertar novas maneiras de resolver o problema a partir dos dados disponibilizados”, explica. 

            Na última competição, o desafio era prever se o jogador de basquete Kobe Bryant, recentemente aposentado e que foi referência neste esporte por aproximadamente 20 anos, acertaria ou não arremessos. “A NBA disponibilizou os dados históricos do jogador. Todos tinham acesso à posição em que ele se encontrava no momento do arremesso, se ele estava correndo, pulando, se era um lance livre, se era uma tentativa de três pontos, em que quarto do jogo aconteceu o lance, quantos minutos faltavam para terminar aquele período, o nome do time adversário, se a partida acontecia em casa ou em outra cidade, dentre outros. O pesquisador que ganharia o desafio seria aquele que tivesse o menor erro na previsão, considerando o que realmente aconteceu, ou seja, se o arremesso foi convertido ou não, comparado com a previsão do sistema inteligente de cada um. Esta área de análise da eficácia de atletas tem evoluído consideravelmente nos últimos anos. Diversas equipes têm terceirizado este tipo de previsão para auxílio na decisão dos técnicos antes e durante os jogos. Você pode, por exemplo, escolher quem deve bater uma falta com o objetivo de maximizar a chance da mesma se transformar em gol, de acordo com o contexto atual do jogo. Pode considerar a posição em que a falta será cobrada, quem é o goleiro adversário, quanto tempo falta para o final da partida, a eficácia e a eficiência de todos os possíveis batedores disponíveis em diferentes contextos etc. Além disso, extensões do sistema podem ser usadas para substituir jogadores, mudar o posicionamento dos mesmos, tudo de acordo com o objetivo do técnico no momento em que o jogo se encontra, considerando também o comportamento do time adversário. Por exemplo, a seleção de futebol Alemã utilizou uma plataforma semelhante durante a Copa do Mundo de 2014 para auxiliar no processo de tomada de decisão da comissão técnica”, detalha.

            O pesquisador revela que há tempos não joga basquete, tampouco se lembra das regras. Mas a partir de estudos das análises conseguiu apresentar a melhor solução no desafio em cerca de dois meses de trabalho. “Quando estamos falando de IA, não podemos atualmente considerar que há um passo a passo a ser seguido. No caso deste desafio, realizei análise exploratória nos dados e acompanhei discussões nos fóruns para utilizar algumas informações relevantes. Após este processo inicial, geralmente passamos uma base de dados pré-processada, já com algumas adaptações, para alguma técnica de Inteligência Artificial. Eu particularmente gosto de customizar e misturar técnicas, partindo do pressuposto que se usarmos as técnicas publicamente divulgadas, em artigos científicos ou em ferramentas, nosso resultado não vai ser melhor do que o do restante dos pesquisadores”, conta, ressaltando que a análise de dados e a customização das técnicas depende muito da criatividade e do “feeling” do pesquisador.

            O Prof. Humberto destaca que o interessante de participar dessas competições não se resume aos prêmios que podem ser conquistados, mas à possibilidade de aprendizado e ampliação da rede de contatos.  “A plataforma tem como estratégia ranquear as pessoas, então se você estiver constantemente indo bem nos desafios, atingirá uma boa classificação. Como essa plataforma é muito popular, diversas empresas procuram pesquisadores para consultorias e outras modalidades de prestação de serviço”, observa.

            O pesquisador da UNIFAL-MG já foi procurado por um investidor americano e pela área de Inovação do Hospital Albert Einstein após o desempenho na primeira competição. Ele afirma que o mesmo sistema de IA customizado pode ser aplicado em outras áreas, bastando apenas adaptar os dados. “Eu acho que para a Universidade isso é muito bom, porque podemos criar alguns convênios com boas empresas, institutos e pessoas, e assim começamos a trazer bons projetos com bases de dados reais e relevantes para serem desenvolvidos na nossa Universidade”, diz empolgado.

            “No Brasil, a ciência peca principalmente na avaliação dos pesquisadores. Infelizmente, somos constantemente avaliados pela extensão de nossos currículos, e não pela relevância do que neles existe. Acredito que vários pesquisadores perdem muito tempo de suas carreiras tentando produzir artigos, simplesmente para conseguir mais verba no próximo edital. E isso é um ciclo sem fim. Isso nos leva com facilidade a produzir artigos geralmente pouco relevantes, sem conclusões realmente significantes para as diversas áreas. Há alguns anos decidi tentar algo diferente. Pode não ser valorizado na academia, mas acredito que o retorno para a sociedade é bom, pois posso gerar novas soluções que são usadas no mercado e posso publicar parte dos sistemas inteligentes em ferramentas colaborativas, propagando o conhecimento em diversas aplicações pelo mundo. Acho isso importante principalmente quando falamos de pesquisa aplicada. Espero um dia ver a academia valorizar esta outra faceta de produção, mas já fico feliz, pois o mercado a valoriza”, finaliza.

 

Confira o resultado do desafio conquistado pelo Prof. Humberto: https://www.kaggle.com/c/kobe-bryant-shot-selection/leaderboard

 

 

 

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Em dia com a UNIFAL-MG é uma publicação digital desenvolvida pela Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Alfenas, atualizada periodicamente.

Jornalista Responsável: Ana Carolina Araújo | MTb-MG 09980

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