Professor da UNIFAL-MG discute relação entre baixos índices de distanciamento social no sul de Minas Gerais e circulação de variante mais contagiosa do coronavírus para escalada no número de óbitos na região

O sul de Minas Gerais ultrapassou a marca de 6 mil mortes por Covid-19. Para falar sobre o assunto, o professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG, participou do jornal Bom Dia Cidade no dia 25/6.

Segundo o docente, os dados demonstram aceleração no avanço da doença na região, devido aos baixos índices de distanciamento social e à circulação da variante mais contagiosa, a Gama (antiga P1). “Desde março, houve uma escalada significativa. Nós estávamos com uma média diária de menos de 30 mortes, e desde então nós ultrapassamos essa média já por todo esse período”, disse o docente.

O professor também falou sobre a proporcionalidade entre o número de casos e o número de óbitos. “Mas vale destacar que, no número de óbitos entre os casos, a chamada letalidade, o sul de Minas Gerais, das 14 regiões do estado, está no 8°, 9° lugar. Nós temos condição de ter um sistema hospitalar que está nos protegendo. O que está acontecendo é que a variante mais contagiosa provoca uma infecção para uma carga viral maior no organismo, então pessoas que eram sem sintomas, que só teriam a infecção, começam a ter sintomas”, destacou. Nesse cenário, de acordo com o professor, as pessoas que teriam sintomas mais leves e moderados podem apresentar sintomas mais graves. “E quanto mais casos, mais possibilidade de a gente ter casos graves e internações”, finalizou.

No entanto, conforme destacou o docente em reportagem exibida no jornal da EPTV 2ª Edição, no dia 25/06, as cidades pequenas são as que apresentam maior taxa de letalidade. “As cidades menores, não é regra, mas é muito frequente, elas têm uma população com um perfil demográfico mais envelhecido. Embora, atualmente, esteja diminuindo o risco de morte entre os mais idosos, nesse acumulado, as cidades que têm uma população predominantemente mais idosa, e especialmente nas pequenas, que têm uma dificuldade maior de fazer o socorro oportuno, isso acaba fazendo com que os casos cheguem mais graves para a atenção hospitalar”,

Na reportagem, o docente ressaltou a importância de se evitar o aumento do contágio.

Confira as participações completas abaixo:

Jornal Bom Dia Cidade 

Disponível no link: https://globoplay.globo.com/v/9634587/

Jornal da EPTV 2ª Edição

Disponível no link: https://globoplay.globo.com/v/9636962/