Memórias da Pandemia

DIA 22 DE JUNHO DE 2020 – SEGUNDA-FEIRA

Renata Sebastiana dos Santos,, natural de Alfenas, cor/raça: prefiro não declarar, feminino cis,  42 anos

 

Do que você vai se lembrar sobre a pandemia do coronavírus?

Tantas coisas…
Da solidariedade de pessoas e instituições que conheço.
Da desigualdade social evidenciada pela falta de acesso aos canais digitas de comunicação.
Do compartilhamento do saber científico.
Do meu amigo Edmar que perdeu sua mãe para o covid 19.
Da minha avó, falecida no início da pandemia, de morte natural. Parece ter morrido de tristeza ao ficar isolada apenas com uma das filhas.
Da minha atuação profissional e da parceria com meus alunos.
Das professoras e professores se reinventando.
Da Guiomar de Namo Melo palestrando em uma live sobre o uso das tecnologias pelos docentes, como algo necessário e que já deveria ter acontecido; mas paradoxalmente, se atrapalhando a todo momento com o áudio.
Da proximidade que aumentou entre minhas filhas e eu.
Da sobrecarga de trabalho.
Das disputas políticas em meio à pandemia.

 

E o que pretende esquecer?

Não quero me esquecer de absolutamente nada.
Tudo, de alguma forma, corrobora para nossa construção.

 

O que mudou na sua relação com as pessoas próximas – grupos afetivos e meios em que vive – como a relação com os animais, formas de habitação, meios de consumo – durante a pandemia?

grupos afetivos- as relações familiares e de amizade estão mais fortalecidas, mesmo distante. A proximidade da morte, ressignifica a valoração que damos ao outro.
e meios em que vive – não comprendi esse item.
a relação com os animais- estamos mais próximos, uma gato de rua, parece querer nos adotar aqui em casa, rs
formas de habitação- maior cuidado com minha casa.
meios de consumo – inicialmente aumentei o consumo de fast food e depois adequamos a uma alimentação mais saudável.

 

Conte-nos sobre sua rotina durante a pandemia (esse espaço é reservado para qualquer comentário que queira deixar registrado).

Inicialmente fiquei muito perdida.
Trabalhava mais de 16 horas por dia, quase não dormia e quando dormia, tinha pesadelos.
Agora estou melhorando.

 

Escreva 5 palavras que definem esse momento para você.

Estudo, Família, Saudade, Nostalgia,Desigualdade