Helena Felício, 56 anos, pedagoga, doutora em Educação, professora universitária. O meu primeiro contato com o patchwork e quilt foi em 2020 e desde então tenho realizado vários cursos. Em 2023, participei da 26ª edição do Festival QuiltBrasil, em Nova Petrópolis, com a exposição da obra “Vida em Festa”. Em 2024, participei na 11ª edição do Festival Floripa Quilt, com a exposição da obra “Um girassol voltado para a luz”, que foi premiado em segundo lugar. Desde o início, tenho aprofundado no estudo do patchwork, bem como me dedicado a execução de projetos de peças utilitárias e artísticas.

@feito.empedacos

 

Feito em Pedaços

A tradução literal de patchwork é “trabalho com pedaços”. No universo têxtil, trata-se da técnica que envolve o ofício de unir pedaços de tecidos com uma infinidade de formatos, colorações e design variados, constituindo-se na parte superior (topo) do trabalho. De outra parte, a palavra quilt provém do latim culcita, uma espécie de uma colcha composta por três camadas: o topo, o preenchimento e o fundo, formando assim um sanduíche que deve ser perfeitamente fixado por uma costura livre conhecida como quilting. Em meados do século XVII, a arte do patchwork e quilt chegaram às Américas, mais especificamente nos Estados Unidos e Canadá, fazendo parte da cena social, particularmente nas áreas rurais, onde eram praticados desde os tempos da colonização. Serviam como ferramenta de sobrevivência, de escape social devido à cooperação na montagem de itens grandes e, em geral, eram a única forma de expressão criativa de mulheres que muitas vezes viviam em lugares isolados. Na arte do patchwork, a cor é o elemento que mais chama a atenção numa peça. O conhecimento da cor é uma boa base para obter ótimos resultados. Saber combinar as cores e tons e conseguir uma harmonia entre eles é o grande passo para quem deseja fazer um bom trabalho em patchwork. De igual modo, o planejamento do quilting e a habilidade no controle do tecido são elementos essenciais para a confecção de um quilt.