Milton Blaser
Vivo e trabalho em São Paulo. Artista visual, trabalho com objetos reconhecíveis ressignificados como objetos de arte numa pesquisa que tenho desenvolvido desde 2023 experienciando novas configurações estéticas, transformando-os em instalações, pinturas, fotografias e outras linguagens visuais. Abordo criticamente as questões do Antropoceno, produzindo deslocamentos e intervenções, construindo situações e contextos de ambiguidades e dúvidas. Sou bacharel em licenciatura artística pelo Centro Universitário Belas Artes e faço orientação de texto e imagem com a artista Fabiana Faleiros. Participei dos grupos de orientação de artistas de Ana Paula Cohen e Thiago Honório e do Hermes Artes Visuais. Expus individualmente em 2022 e 2019 em São Paulo na Casagaleria e em coletivas na galeria LambArts, nos espaços Oficina Cultural Oswald de Andrade, Ateliê 397 e Salões de Praia Grande, Piracicaba entre outros. Fui premiado em 2016 no VI Salão Internacional SINAP/AIAP com medalha de ouro em Pintura com o trabalho “Monge”. Selecionado para coletiva em 2025 no CMA – Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica – RJ.
@milton_blaser
http://miltonblaser.com/
Antropo Morfias
Sobre a série “Antropo Morfias” apresentadas nesta proposta: As fotografias das instalações que apresento, fazem parte da série “Antropo Morfias” que tenho desenvolvido para dar novos sentidos e gerar uma nova cosmologia a objetos que são isolados da sua função e dos seres humanos. São ferros elétricos que lembram plantas carnívoras ou imensas bocas de tubarão. Mãos em reza. Telefones que, por conta da sua posição e organização no espaço, remetem a uma reunião sem humanos. Frigideiras e torradeiras que levam a uma visão animista destes objetos e aos efeitos do Antropoceno. As instalações dão visualidade a outras formas que retiram o uso humano dos objetos, pensando no fato de que os objetos remetem a formas da natureza. São objetos em sua maioria eletrônicos, que empregam tecnologia ergonômica produzida para o uso dos seres humanos. A partir do momento em que provoco um deslocamento destes objetos e faço intervenções nas suas materialidades pintando-os com cores que não são normalmente usadas pela indústria, é gerado um novo movimento e novo olhar do espectador: significados que remetem a formas orgânicas e antropomórficas, criando situações e contextos de dúvidas e ambiguidades.