Bruno Amarante
Artista plástico e ceramista, utiliza de suportes como a cerâmica, o ferro, a terra, plantas, fotografia e vídeo, desenvolvendo trabalhos envoltos ao tema da paisagem, do tempo e da memória, com suas junções e transformações. É professor do Curso de Artes Aplicadas da UFSJ; doutor em Artes Visuais pelo PPG da EBA-UFMG, com a Tese: Monumentos Entrópicos e a Paisagem Minerária do Ferro (2019); e mestre em Artes Visuais, também pelo PPG da EBA – UFMG, com a Dissertação: A Estética da Ruína como Poética, (2013) e Bacharel em Escultura, pela EBA – UFMG, (2009).
@brunoamarantearte
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Das paisagens do ferro
Neste tempo de rápidas e significativas intervenções antrópicas sobre a Terra, minhas atenções recaem sobre as paisagens minerárias do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, colocando em análise as transfigurações do território pela ação da indústria mineradora e a toda carga mnemônica por detrás de sua reconfiguração. Espaço dialético entre riqueza e miséria, abundância e escassez, autonomia e dominação, desenvolvimento e – o perene – subdesenvolvimento. A paisagem transformada se coloca como memória deste tempo de excesso, como ícone à máxima entropia, entalhada por bizarros monumentos.