Artista visual, vivo e trabalho em São Paulo. Minha trajetória artística está voltada a questões da efemeridade, espacialidade e mutabilidade ao me apropriar de objetos do cotidiano usados e/ou recicláveis. O trabalho que venho desenvolvendo, desde 2023, consiste em coletar objetos do dia a dia e ressignificá-los como um desdobramento de uma pesquisa iniciada há quatro anos, que se refere às questões do meio ambiente e do Antropoceno. O trabalho atual visa dar novos sentidos e gerar uma nova cosmologia a objetos do cotidiano que são isolados da sua função humana, experienciando assim novas configurações estéticas, transformando-os em instalações, fotografias, esculturas, pinturas e outras linguagens visuais. Sou graduado em licenciatura artística pela Belas Artes/ SP. Expus individualmente em 2025, 2022 e 2019 em São Paulo, na Casagaleria, e em 2025 também na Galeria 4 do CMA – Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica /RJ. Tive também exposições coletivas nas galerias LambArts e Casagaleria, nos espaços FUNARTE, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Ateliê 397 e salões de Atibaia, Bunkyo, Ubatuba, Piracicaba, Praia Grande, entre outros. Fui premiado em 2016 no VI Salão Internacional SINAP/AIAP com medalha de ouro em Pintura com o trabalho Monge.
ANTROPO MORFIAS (avessos)
As três fotografias pictóricas com intervenções em acrílica, aqui apresentadas, fazem parte da série ANTROPO MORIFAS (avessos). Nessas obras, joysticks, frigideiras e telefones convivem com folhas secas de embaúba, todos recobertos por camadas de esmalte spray e tinta acrílica em cores vibrantes. Ao romper com a homogeneização cromática típica da indústria, crio composições que ressaltam a singularidade e a potência estética desses objetos, instaurando novas camadas de sentido. Em ANTROPO MORFIAS (avessos), a proposta é entrelaçar matéria viva e matéria fabricada. Objetos como telefones, frigideiras e joysticks convivem com folhas de embaúba, cujas superfícies, pintadas na mesma cor dos objetos industriais, revelam o “avesso” de imagens e formas habitualmente naturalizadas. Ao nos depararmos com esses objetos descartáveis dispostos junto a folhas secas de embaúba, o orgânico e o inorgânico se fundem, formando pequenos núcleos escultóricos que suscitam provocações e ironias. A proposta remete às causas do Antropoceno e à importância do espaço que esses objetos ocupam no cotidiano da vida humana.
Sobre as especificações das obras:
Fotografia impressa em Canvas Art Smooth Hahnemuhle (algodão) com intervenção em acrílica. Montagem em chassi de madeira com perfis de alumínio



