PROTEASES APLICADAS À PROMOÇÃO DA SAÚDE

Resumo

Hidrolisados protéicos constituem uma importante alternativa ao uso de proteínas intactas no desenvolvimento de diferentes fórmulas, a exemplo daquelas especialmente desenhadas para pacientes com necessidades especiais. Além do fornecimento de aminoácidos, estes produtos podem ser fontes de peptídeos específicos que exerçam impactos positivos no metabolismo humano, sendo conhecidos como peptídeos bioativos. O estudo de métodos de produção dos peptídeos bioativos, especialmente quando permitem a otimização de protocolos aplicáveis em larga escala de produção, torna ainda mais viável o consumo pela população de produtos  nutracêuticos. Para produção destes hidrolisados, amostras de proteínas podem ser submetidas a processos de rompimento das ligações peptídicas, através de tratamentos alcalinos, ácidos ou enzimáticos. A hidrólise enzimática permite o desenvolvimento da reação em meios de condições amenas, como pH na faixa de neutralidade ou temperaturas baixas, que evitam o surgimento de alterações nos resíduos de aminoácidos liberados. Embora a hidrólise protéica através do uso de proteases seja um processo bem conhecido, algumas limitações podem ser observadas, mas poderiam ser superadas através do uso de enzimas proteolíticas em sua forma imobilizada. A característica do hidrolisado será dependente da fonte protéica a ser utilizada, proporcionando composição e sequencia de aminoácidos específicas, que vão refletir diretamente nas propriedades bioativas dos peptídeos gerados. Diferentes fontes proteicas vêm sendo estudadas demonstrando-se a ampla gama de possibilidades e aplicações. Neste sentido, esta proposta pretende estabelecer condições otimizadas de liberação de peptídeos de diferentes fontes proteicas e com destacado potencial bioativo (atividade de inibição de enzima conversora de angiotensina e de DPPIV, e atividade antioxidante) considerando-se o estudo da otimização dos processos de hidrólise protéica, pela aplicação de diferentes enzimas (tripsina, papaína e alcalase, individualmente) em suas formas livres e imobilizadas.

Situação: vigente.

Grupo: Este trabalho é Coordenado pela Profa Olga Luisa Tavano e conta com a participação do Dr. Roberto Fernandez-Lafuente (ICP-CSIC-Madri-Espanha) e Dra. Veymar Guadalupe Tacias Pascacio (UNICACh/Mexico), sendo desenvolvido conjuntamente com discentes da UNIFAL-MG, que realizam seus projetos de Iniciação Científica e Trabalhos de Conclusão de Curso.