Classificação Taxonômica
- Reino: Protista
- Filo: Apicomplexa
- Classe: Sporozoa
- Família: Sarcocystidae
- Gênero: Toxoplasma
- Espécie: Toxoplasma gondii
Ciclo de Vida e Infecção
O ciclo de Toxoplasma gondii inicia-se com a infecção de um hospedeiro por qualquer uma de suas formas evolutivas, taquizoíto provenientes de liquidos orgânicos, bradizoítos em carnes e de oocistos eliminados nas fezes de felídeos. Independente da forma evolutiva, a forma taquizoíto (forma de multiplicação rápida) do parasita será a predominante na fase aguda da infecção, que se multiplicam rapidamente por endogenia.
Após o hospedeiro estabelecer uma resposta imune adaptativa, os taquizoítos se convertem à bradizoítos (forma de multiplicação lenta) e se estabelecem nos tecidos, como os musculares esquelético e cardíaco, nervoso e retina, protegidos por um cisto, predominando na fase crônica da infecção. Os bradizoítos se multiplicam lentamente dentro dos cistos também por endodiogenia, onde a parede do cisto é resistente e elástica, isolando-os da ação do sistema imunológico do hospedeiro. Essa forma é mais resistente à passagem pelo estômago do que os taquizoítos, podendo permanecer viável nos tecidos por vários anos. Nos hospedeiros incompletos, como os humanos e diversos outros animais, só observamos as duas formas evolutivas.
No hospedeiro completo, que são os gatos (ou qualquer outro felídeo não imune), observamos o ciclo sexuado do parasito, onde ao final do ciclo é formado o oocisto, que é uma forma de resistência do parasito. O oocisto possui uma parede dupla bastante resistente às condições ambientais. Os oocistos são produzidos nas células intestinais dos felídeos e eliminados imaturos junto com as fezes. Após a esporulação no ambiente, cada oocisto contém dois esporocistos, cada um com quatro esporozoítos, prontos para a infecção de novos hospedeiros.
Ciclo de vida do Toxoplasma gondii
Diagnóstico e Tratamento
Toxoplasma gondii é o agente causador da toxoplasmose, cujo ciclo de vida inclui formas taquizoítos, que se multiplicam rapidamente na fase aguda, e bradizoítos, que se desenvolvem em cistos nos tecidos durante a fase crônica. Os oocistos, eliminados nas fezes de felinos, após alguns dias no ambiente, contêm esporozoítos prontos para infectar novos hospedeiros. O diagnóstico é realizado por exames sorológicos e, em casos complexos, pela PCR. O tratamento é indicado para infecções agudas e em imunocomprometidos, utilizando medicamentos como pirimetamina e sulfadiazina.
Medidas Preventivas
- Cozimento adequado: Cozinhe a carne garantindo que esteja bem passada. Evite consumir carne crua ou mal cozida.
- Higienização de alimentos: Lave bem frutas e vegetais antes de consumi-los, especialmente se forem consumidos crus.
- Manutenção da caixa de areia: Se você tem gatos, use luvas ao limpar a caixa de areia e faça isso diariamente, pois oocistos levam alguns dias para se tornarem infecciosos.
- Evitar contato com solo contaminado: Use luvas ao trabalhar no jardim e evite contato direto com solo que possa estar contaminado com fezes de gatos.
Epidemiologia
É encontrado em todos os países do mundo, nos mais variados climas e condições sociais. As medidas profiláticas possíveis visam evitar principalmente o contato da gestante com os gatos.
Formas Evolutivas
Referências
- NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
- REY, L. Parasitologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008
- CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Toxoplasmose. Disponível em: https://www.cuf.pt/saude-a-z/toxoplasmose