Quilombo Campo Grande

Em Campo do Meio, no sul do Estado de Minas Gerais, um conjunto de 11 acampamentos de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra forma o Quilombo Campo Grande. Em visita a esse Quilombo e em conversa com as mulheres que integram o Coletivo de Mulheres Raízes da Terra, pudemos vivenciar um dos encontros criativos que Ailton Krenak menciona em seu livro Ideias para adiar o fim do mundo e que, por vezes, imaginamos tão distantes. O trabalho e a luta coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras do Quilombo, após a ocupação das terras de uma falida usina, parte de uma ressignificação completa da relação dos seres humanos com o espaço e com a territorialidade. Pela via da agroecologia e da reforma agrária, o que se estabelece ali é a prática do “sonhar a terra”, nas palavras do líder indígena Davi Kopenawa. Em um movimento que se instala pelo reconhecimento de que a terra “tem coração e respira”, as famílias de acampados e acampadas compreendem-na como aliada na resistência para a continuidade da vida; como morada, como alimento, como cura e como palco de luta por justiça social.
Confira essa história de rexistência no vídeo.