O livro, de autoria do escritor Marcos de Carvalho, é dividido em 4 partes: livro primeiro; livro segundo; livro terceiro e livro quarto. Antes de cada parte, o autor fez um poema para introduzi-los:

Livro Primeiro:

“onde armadilhas ferem o vento

e nada agoniza em suas garras
como se espadachins ensandecidos
descessem de cavalos furiosos

e colhessem meu corpo já transido
já inerte da vida que buscavam”

Livro Segundo:

“cantarolam duas rugas do tempo
na face inda sóbria do inverno

nada sei dos carneiros de amanhã
nem espero das flores cultivadas

apenas do estupor que se anuncia
na voz melosa destas duas rās

que comem moscas como comem meses
e não me movem palha menos chama

espero o fel dos dias que recuso
e recusados se me nega a morte”

Livro Terceiro:

“não há pessimismo no olho nu ou
na mente que chegou ao mais profundo

ver não é estar doente dos olhos
e não há impurícia no desvelo

é o disfarce do belo que me enfurna
me lança a precipícios sem retorno

de onde o asco de tocar a pele
que se descama de tão tenra e frágil

de onde o medo de tornar à fenda
ao fosso fundo de paredes lindas”

Livro Quarto:

“espectrais as ramas da batata
desenham sobre a terra um
arvoredo”

Por: Brendha Thatiane Maia, Laís Gabrielly da Paz Maria, Tereza Franchi Silva e Renato Garcia Jales (discentes dos cursos de Bacharelado em Letras – Língua Portuguesa e de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e suas literaturas)