Golpe contra aposentados: conheça os tipos mais comuns

O Governo Federal pelo SouGOV faz periodicamente revisões de cadastro dos beneficiários para apresentação atualizada de documentação para prova de vida e realiza perícia por incapacidade temporária ou mesmo daqueles que possuem o benefício continuado. 

Cientes da necessidade de atualização de informações, os criminosos têm aplicado golpes contra aposentados: fazem abordagens por telefone, e-mail ou mensagem por celular para obter indevidamente dados pessoais dos beneficiários. 

Há ainda a tentativa de convencer os aposentados sobre falsos empréstimos consignados ou mesmo adiantamento do 13º salário. Os criminosos se identificam como atendentes dos orgãos públicos (INSS, Unifal, e outros), do banco pagador ou de empresas autorizadas e solicitam informações pessoais, dados de cartão de crédito e senhas. 

As informações são suficientes para realizar operações fraudulentas em nome dos aposentados. Esse tipo de golpe é conhecido como engenharia social, tática que usa meios digitais ou conversas telefônicas para enganar, acionar a emoção e construir confiança na relação com a vítima.


Conheça alguns golpes contra aposentados:

1. Benefício bloqueado

O aposentado recebe a ligação de um falso de atendentes dos orgãos públicos (INSS, Unifal, e outros), alertando para o bloqueio iminente do benefício por desatualização de dados cadastrais. O falso atendente argumenta que para atualizar é fácil, basta que o aposentado lhe forneça informações como CPF, endereço, data de nascimento, dados bancários, número do cartão do benefício e outras informações. 

Convencido de que está conversando com um servidor INSS, Unifal, e outros, o aposentado fornece as informações solicitadas. Os dados são suficientes para o criminoso cometer fraudes em nome do segurado. 

2. Agendamento de perícia médica

A perícia médica deve ser feita periodicamente por segurados de benefícios por incapacidade temporária ou continuada. Os criminosos fazem contato com as vítimas para agendar a consulta. Os falsos servidores solicitam informações do beneficiado como endereço, RG, CPF, dados bancários e até senhas em algumas situações. 

A Unifal alerta para que o segurado não forneça os dados. Os orgão públicos apenas pedem informações ou documentos pelo sistema Meu INSS, SouGOV ou Gov.br. As convocações poderão chegar por carta, notificação do banco pagador, e-mail ou publicação no Diário Oficial da União e sempre estarão registradas no perfil do segurado no sites oficiais (MEU INSS, SouGOV, Gov.br) com prazo e orientações para agendamento. 

3. Prova de vida online

Os criminosos ligam para aposentados e pensionistas alertando sobre a necessidade de realizar uma prova de vida digital, modalidade nova criada em razão da pandemia de covid-19. Para a operação, o falso atendente dos orgãos públicos (INSS, Unifal, e outros) pede para a vítima confirmar os dados pessoais e bancários. 

Depois solicita o envio de uma foto atual e dos documentos digitalizados, dando margem para um golpe de benefícios pelo WhatsApp. Com os dados confirmados e a foto do documento, os criminosos podem realizar fraudes financeiras. 

4. Atrasados a receber mediante taxa

O golpe é antigo e pode ser praticado por telefone ou por e-mail. Um falso atendente dos orgãos públicos (INSS, Unifal, e outros) faz contato com a vítima e a informa sobre valores de benefícios atrasados que foram liberados para o segurado, com atualização e correção de juros. Surpreso e contente com o dinheiro extra que vai entrar, o aposentado informa os dados pessoais. 

Na segunda etapa, é cobrada uma taxa administrativa a ser depositada pelo beneficiado para liberar o pagamento direto na conta do aposentado. Essa cobrança é feita por um falso boleto ou transferência de valores direto para uma conta. 

5. Antecipação do 13º salário e consignado

Via de regra, o 13º salário é antecipado em parte para os aposentados para recebimento em junho, mês 6 do ano. Os criminosos, cientes desse calendário, fazem contato com o segurado para oferecer um adiantamento dos valores mediante uma taxa. O falso atendente de uma financeira solicita dados e cópia dos documentos para autorizar a operação. 

O aposentado que recebe a oferta paga a taxa e envia as informações, porém não recebe o dinheiro. Muitas vezes ainda pode ser vítima do falso empréstimo consignado, em que os criminosos operam como agentes de financeiras e autorizam o crédito em nome da vítima.  

O dinheiro cai na conta do segurado, porém as parcelas com juros também. Para o golpista, a vantagem é ficar com as comissões que remuneram o agente de crédito e a instituição responsável por intermediar o empréstimo.