Docente da UNIFAL-MG participa, ao vivo, de edição do jornal EPTV e esclarece dúvidas sobre o processo de vacinação contra a Covid-19

O professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG, Sinézio Inácio da Silva Júnior, acompanhou a exibição do jornal EPTV 1ª Edição do dia 18/02, ao vivo, a fim de esclarecer dúvidas sobre a Covid-19. Na oportunidade, o docente falou sobre a investigação de desperdício de vacinas, as fases de vacinação para profissionais da saúde e grupos prioritários, como os idosos, e respondeu a perguntas encaminhadas pelos telespectadores.

Em sua primeira aparição, o epidemiologista comentou a reportagem sobre a abertura de sindicância em Ijaci (MG), para investigar o desperdício de doses da CoronaVac na cidade. Conforme explicou, a situação do município poderia estar associada ao excedente pequeno nos frascos que contêm a vacina, a fim de garantir que as doses sejam completas. “Outro problema que precisa ser apurado é que, com essa questão da escassez, e a gente tá sendo, em alguns locais, muito rigoroso em faixas etários muito estritas, não terem aparecido as pessoas com a idade para tomar a vacina e ter sobrado um pouquinho – não podemos afirmar isso, pelo que foi dito de informação -, e esse pouquinho poder vacinar mais alguém, mas não estava programado”, salientou.

Por questão econômica e logística, o professor acredita que seria interessante se, a partir de um frasco, pudesse haver mais de uma dose. “Mas isso demanda um planejamento muito bem feito”, salientou.

Em outro momento da mesma edição, o epidemiologista explicou as diferenças entre as fases de imunização contra a Covid-19 e a imprecisa abrangência, conforme o Plano Nacional de Imunização, ao se falar dos profissionais de saúde, sem restrição àqueles profissionais que têm contato direto com os pacientes de Covid-19, e dos grupos prioritários.

Para o docente, essa indefinição criou uma margem para que se vacinassem menos ou mais profissionais de saúde. “Com isso, você tem menos ou mais doses que são disponibilizadas para outro grupo prioritário, que são os idosos”, disse o professor.

Ele também destacou a importância da vacinação para a segurança da coletividade. “É preciso entender, ainda, que vacina não só protege o indivíduo; ela faz com que o indivíduo seja uma barreira. Se o vírus chegar até ele, não vai se multiplicar e não vai chegar para frente. […] Então, o não vacinar, no momento de pandemia, é extremamente grave e crítico pra saúde de todos”, disse.

Na terceira aparição, o professor Sinézio Inácio respondeu às perguntas dos telespectadores, como dúvidas sobre a eficácia ou não da vacina para a recuperação de pacientes em estado crítico, o tempo para validar a imunidade, a dosagem correta para cada pessoa e a vacinação nos indivíduos que estão infectados, mas assintomáticos.

“Pessoas que, infelizmente, estão em estado crítico, quer dizer, quando o vírus, parece estranho o que vamos dizer, ele provavelmente já foi combatido, e a própria reação inflamatória do organismo da pessoa gerou todo esse problema, você não teria recomendação para vacinar”, explicou.

Como reforçou o epidemiologista Sinézio Inácio, é necessário que os cuidados sejam mantidos mesmo após a vacinação. “No intervalo entre uma dose e o reforço, a pessoa não pode se considerar imunizada e, mesmo depois da segunda dose, você tem aí 14 ou 15 dias. Quer dizer, da primeira dose até reforço, ou até a pessoa poder considerar que tem uma imunidade em algum grau adquirida, isso vai coisa de um mês”, disse.

Sobre a necessidade de imunização todos os anos, o docente finalizou: “é importante destacar que é muito provável que, ao longo do tempo, a gente tenha que tomar vacinas novamente, como a gente toma a da gripe, para manter essa doença sob controle”.

Confira as participações completas abaixo: 

Disponível no link: https://globoplay.globo.com/v/9280249/

Disponível no link: https://globoplay.globo.com/v/9279922/programa/

Disponível no link: https://globoplay.globo.com/v/9280453/