Projetos de melhorias para os espaços universitários comprovam a capacidade técnica e de adaptação da UNIFAL-MG em infraestrutura e obras; confira as principais ações empreendidas em 2020

Readequar o planejamento de obras impactado pela pandemia da Covid-19, otimizar recursos e garantir melhorias nos espaços físicos e mais segurança à comunidade universitária. Esses são alguns dos desafios enfrentados pela UNIFAL-MG para manter a Universidade em funcionamento durante o ano de 2020. Em mais uma reportagem da série especial sobre o Relato Integrado, evidencia-se a capacidade de adaptação técnica das pró-reitorias e dos servidores em cumprir as demandas de manutenção, obras e equipamentos da Universidade.

Desafios na gestão de obras
Parte da equipe da Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) discute projetos em andamento durante a pandemia. (Foto: Arquivo/Proplan)

Em março de 2020, quando a UNIFAL-MG suspendeu as atividades presenciais, o setor de obras, como um dos serviços essenciais, manteve-se em funcionamento na modalidade presencial. “Aqueles que estão, desde o início da pandemia, trabalhando de forma presencial, passaram a adotar todos os procedimentos recomendados pelos órgãos sanitários como distanciamento, uso de máscara, uso de álcool em gel constantemente, uso de óculos nas fiscalizações, luvas em alguns casos, bem como, priorizando reuniões por ferramentas digitais evitando o contato entre os membros da equipe e também com representantes das empresas contratadas”, conta  Lucas Cezar Mendonça, pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional.

Segundo o pró-reitor, a adaptação ao trabalho presencial durante a pandemia não foi o principal desafio enfrentado pela equipe da Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) da Proplan, uma vez que foi preciso lidar com as dificuldades de executar as obras anteriormente planejadas. “O principal desafio neste momento de pandemia não estava na gestão do trabalho da equipe no contexto de pandemia, mas, sim, na gestão das obras em si, pois já haviam sido contratadas algumas obras em 2019 com cenário sem pandemia e a execução das obras passaram a enfrentar as dificuldades do cenário pandêmico por mudanças das condições pactuadas inicialmente”, revela.

Lucas Cezar Mendonça – pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional. (Foto: Arquivo/Dicom)

Entre os obstáculos apontados por Lucas, estão: a falta de mão de obra apresentada pelas empreiteiras, a falta de insumos no mercado, a variação de preços dos insumos e os atrasos de entregas, dentre outros.

“Adicionalmente, as contratações ocorridas em 2020 também tiveram que lidar com esses problemas gerados pela pandemia”, explica. “O acúmulo dos atrasos das obras de 2019 com as novas obras contratadas em 2020 geraram um acúmulo de contratos administrativos com obras que se arrastam gerando uma maior carga de trabalho na equipe pela não conclusão das anteriores”, ressalta, informando que atualmente há 11 contratos de obras em andamento na Universidade.

O pró-reitor destaca que essa mudança no planejamento acabou acarretando mais trabalho para a equipe de obras, visto que os engenheiros, arquitetos e técnicos passaram a atuar em todas as frentes ao mesmo tempo, trabalhando com as fiscalizações das obras de 2019 e 2020, documentações contratuais e, em função da instabilidade do mercado, também com as sucessivas solicitações de reavaliação de preços por parte das empresas dos projetos de obras de 2021 e 2022.

Obras e equipamentos: principais investimentos

Os esforços da equipe no enfrentamento às dificuldades na execução das obras resultaram em investimento na ordem de R$ 13,5 milhões para contratações relacionadas à Fase I do prédio da Faculdade de Odontologia na Unidade Santa Clara (veja maquete eletrônica da estrutura), à finalização do auditório da Clínica de Especialidades Médicas (CEM), à finalização do auditório do campus Poços de Caldas, instalação de elevador para acessibilidade no campus Varginha (veja maquete eletrônica), além de compra de equipamentos para modernização dos cursos da Universidade. Encontra-se também em andamento, a Fase II da construção do Biotério na Unidade Santa Clara. 

“Os recursos utilizados para a realização desses investimentos foram em sua maioria alocados pelo Ministério da Educação, por meio de descentralização de crédito, mas também foram investidos recursos institucionais aprovados para o ano de 2020 e utilizados recursos oriundos de economia gerada pela paralisação de atividades presenciais na Universidade, como por exemplo, em transportes e energia elétrica”, explica o pró-reitor.

Além das obras, a economia de recursos institucionais possibilitou  também realizar a compra de equipamentos e mobiliários com mais de 250 itens para as unidades acadêmicas. Entre os equipamentos, foram adquiridos notebooks para empréstimo a estudantes em atividades remotas.

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Melhorias na cantina com substituição de mesas e cadeiras no prédio V na Sede e instalação de equipamentos de combate a incêndio. (Foto: Arquivo/Proplan)

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Fase II da obra de construção do Biotério na Unidade Santa Clara (Foto: Arquivo/Proplan)

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Lâmpadas LED instaladas no prédio do Almoxarifado. (Arquivo/Proplan)

Construído de acordo com normas de acessibilidade, auditório da Clínica de Especialidades Médicas conta com recursos de última geração
Auditório possui tem capacidade para acomodar 150 pessoas sentadas. (Foto: Arquivo/Proplan)

Em relação ao auditório construído na Clínica de Especialidades Médicas, a professora Evelise Aline Soares, diretora da Faculdade de Medicina, conta se tratar de um espaço pensado para comportar uma grande quantidade de pessoas para os eventos do curso de Medicina e também da Universidade, incluindo colação de grau dos estudantes. “Devido às características do terreno foi possível contemplar esta demanda com excelência”, comenta a professora Evelise, explicando o motivo de a obra ter sido incluída no planejamento arquitetônico da Clínica de Especialidades Médicas.

Profa. Evelise Aline Soares – diretora da Faculdade de Medicina. (Foto: Arquivo Pessoal/Evelise Soares)

“Uma grande preocupação de toda equipe da FAMED e da Coordenadoria de Projetos e Obras foi com a acessibilidade e todas as demandas foram atendidas”, salienta a diretora. Segundo ela, o auditório, com capacidade para acomodar 150 pessoas sentadas, foi equipado com sistema de som de última geração para telemedicina, videoconferências e outros recursos de transmissão, além da acústica com isolamento, o que contribuirá para que durante a realização de eventos nenhum som seja ouvido na CEM.

A diretora da FAMED relata como foi o processo de articulação para conseguir os investimentos para a obra. “A obra do auditório foi iniciada com o recurso do Programa Mais Médicos, porém teve um período de paralisação por questões orçamentárias, mas em 2019, a FAMED recebeu na CEM, a visita do general Oswaldo Ferreira, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que ficou encantado pela estrutura e planejamento do prédio e com articulações do professor Sandro, junto à Ebserh, conseguimos o recurso, da ordem de R$ 1 milhão para finalizar a obra”, narra.

 

Impactos positivos dos investimentos em infraestrutura
Placas instaladas sobre o prédio O na Sede integram o projeto de eficiência energética da Universidade. (Foto: Arquivo/Proplan)

O pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional afirma que os avanços na área de infraestrutura sempre impactam na atividade-fim da Universidade, oferecendo melhores condições para o ensino, para a pesquisa e para a extensão, bem como melhor qualidade de vida à comunidade universitária. Para exemplificar, Lucas comenta algumas das benfeitorias das obras.

“O elevador de acessibilidade em Varginha, por exemplo, permitirá com que todos tenham acesso sem restrições à parte inferior do campus onde está localizado o Restaurante Universitário e a área esportiva; o auditório de Poços será o maior auditório da Universidade e permitirá a realização de eventos institucionais, bem como, eventos da cidade e região; já o prédio da Faculdade de Odontologia, permitirá não só condições melhores para as práticas clínicas, mas, também, melhorias no atendimento ao cidadão que necessita do tratamento odontológico, além, de contribuir positivamente para a formação dos profissionais formados na Universidade”, enfatiza.

Prédio V com os equipamentos de combate incêndio. (Foto: Arquivo/Proplan)

Outros dois projetos em fase de finalização também foram lembrados pelo pró-reitor. Trata-se do Projeto de Eficiência Energética que inclui as usinas de energia fotovoltaicas e a substituição das lâmpadas por lâmpadas LED. “São projetos discretos aos olhos dos menos observadores, mas, que fazem total diferença no funcionamento da Universidade”, comenta.

De acordo com Lucas, o projeto de eficiência energética proporcionará uma economia de aproximadamente 1.150,00MWh/ano, o que impactará de 25% a 35% de economia na conta de energia da Universidade, com investimento total de R$ 2.771.453,00. “Esse projeto trará economia orçamentária para outras demandas da Universidade, bem como, o impacto ambiental com a não emissão de CO² na atmosfera”, observa, acrescentando que o projeto contou com recursos da CEMIG, que somam mais R$ 1 milhão. 

O outro projeto é o de Sistema de Combate a Incêndio e Pânico na Sede da Universidade, o qual segundo o pró-reitor, se estenderá aos demais campi, em breve. “Este projeto é uma preocupação antiga da Universidade e que está prestes a se concretizar. O principal benefício é o aumento da segurança dos usuários dos campi”, afirma. O sistema contempla alarme, luzes de emergência, guarda-corpo, corrimão, reserva de água, hidrantes, extintores, sinalização, dentre outros itens de segurança. 

Mais informações sobre as ações empreendidas pela Universidade em 2020 podem ser conferidas no Relato Integrado disponível para acesso neste link. Detalhes específicos sobre os investimentos em infraestrutura são encontrados entre as páginas 89 e 106.