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Projeto da UNIFAL-MG realiza oficinas gratuitas de conscientização sobre negritude e racismo no Museu da Memória e Patrimônio da Universidade

Ação conta com atividades diversas que pretendem propiciar a educação antirracista durante o ano todo

Material de divulgação do projeto. (arquivo: MMP/UNIFAL-MG)

O projeto de extensão “Consciência Negra o Ano Todo, De Janeiro a Janeiro no MMP-UNIFAL-MG” realiza oficinas gratuitas para estudantes de educação básica das escolas alfenenses no Museu da Memória e Patrimônio (MMP) da UNIFAL-MG.

A ação faz parte do programa de extensão “Museus e patrimônios: experiências da UNIFAL-MG”, sob coordenação de João Francisco Vitório Rodrigues, e visa propiciar uma educação antirracista aos estudantes e a toda a comunidade durante o ano todo.

Coordenado pela docente Ana Lúcia da Silva, o projeto também conta com oficinas ministradas pela professora e discentes de graduação e de mestrado, bem como pela equipe do MMP da Universidade. São eles: Gislene da Silva, mestranda em Educação; Bruna Neves Rodrigues, discente de Pedagogia; Maria Fernanda Moreira de Freitas, discente de Pedagogia; Bernardo de Jesus Silva, discente de Biomedicina e bolsista de Iniciação Científica do MMP; Josiane de Fátima Lourenço, Mestra em Museologia e Patrimônio (UNIRIO) e faz parte do quadro administrativo do MMP; e Júlia Moraes Coelho, discente de História e Estagiária do MMP.

Além de propiciar a educação antirracista durante todo o ano, segundo a Profa. Ana Lúcia da Silva, as oficinas pretendem dialogar com estudantes da educação básica, da UNIFAL-MG e com a comunidade externa sobre as trajetórias de vidas de personalidades negras, as lutas por liberdade e cidadania.

Ana Lúcia da Silva é docente do Instituto de Ciências Humanas e Letras da UNIFAL-MG e coordena o projeto de extensão “Consciência Negra o Ano Todo, De Janeiro a Janeiro no MMP-UNIFAL-MG” da Universidade. (Foto: arquivo pessoal/Ana Lúcia da Silva)

“Os estudantes têm demonstrado interesse em aprender a História negra brasileira com audiovisuais, música, canto e dança, e principalmente por meios dos games realizados como as competições em grupo com perguntas e respostas, e nos bingos”, explica.

Segundo a coordenadora, as atividades também pretendem dar visibilidade ao protagonismo de mulheres negras e homens negros na História do Brasil, desconstruindo as narrativas coloniais.

“Em uma das oficinas realizadas, foi muito interessante ouvirmos uma das professoras e os(as) estudantes relatarem que fizeram com Chiquinha Gonzaga o mesmo que ocorreu com Machado de Assis, pois por muito tempo ambos foram apresentados como pessoas brancas. As professoras e os(as) estudantes destacaram que gostaram de saber que Chiquinha Gonzaga era negra e conhecer sua trajetória de vida”, contou a professora Ana Lúcia da Silva.

Para a docente, a oficina “planta a semente” do conhecimento da História negra a pessoas de diferentes faixas etárias. “”As crianças, adolescentes, jovens e adultos têm a oportunidade de conhecerem mais nossa História, a ancestralidade africana, enfim a História e cultura afro-brasileira, combatendo o racismo”, afirmou.

O projeto, segundo ela, também incentiva os estudantes a conhecerem a UNIFAL-MG. “Além disso, permite a oportunidade do conhecimento das atividades que desenvolvemos na UNIFAL-MG, e os cursos daqui, de Varginha e Poços de Caldas. Pois, ao final de toda oficina, nós falamos que a UNIFAL-MG é pública e gratuita, que eles podem sonhar e/ou planejar no futuro estudar em uma universidade pública e gratuita como a nossa. Assim, possibilitamos outros horizontes, ao concluírem o Ensino Médio, fazerem o ENEM e ingressarem no Ensino Superior”, salientou.

Atividades
Calendário anual de agendamentos das atividades. (Arquivo: MMP/UNIFAL-MG)

Em cada mês, serão apresentadas as trajetórias de vidas de personalidades negras na História do Brasil por meio da realização de oficinas sobre abolicionistas negros (as), escritoras e artistas negras, como: Chiquinha Gonzaga, Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ruth de Souza, Dragão do Mar, André Rebouças e José do Patrocínio.

Conforme a coordenadora, dentre as atividades desenvolvidas junto aos estudantes, o projeto promove a confecção e realização de um bingo na perspectiva antirracista. As cartelas são confeccionadas pelos próprios participantes das oficinas, que no lugar de números utilizam palavras-chave de fatos relacionados às trajetórias de vidas das personalidades negras.

“Temos previsão da realização de uma viagem pedagógica a dois museus de São Paulo capital, no segundo semestre de 2024, vem novidade por aí”, anunciou a professora sobre outras atividades previstas no cronograma do projeto.

Como participar?
Imagem de divulgação da Oficina. (arquivo: MMP/UNIFAL-MG)

As oficinas acontecem de fevereiro a dezembro de 2024, todas as quartas-feiras, e funcionam conforme o agendamento das escolas de educação básica de Alfenas, em dois períodos: na parte da manhã acontece de 8h30 às 10h30; e na parte da tarde, de 14h às 16h.

“O projeto de extensão iniciou com a primeira oficina em 28 de fevereiro de 2024, e já temos agendamentos para toda quarta-feira, até agosto”, afirmou a coordenadora.

As escolas interessadas em participar podem fazer o agendamento de visitas por e-mail: mmp@unifal-mg.edu.br

Os/as estudantes da UNIFAL-MG podem fazer inscrição pelo CAEX da UNIFAL-MG

Confira, abaixo, as fotos da oficina realizada no dia 13 de março.  (Foto: arquivo/Dicom)