Grupo de estudos criado por pedagogos da UNIFAL-MG fortalece ações de orientação para a aprendizagem de estudantes

Com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o Ensino Superior e as demandas dos estudantes de graduação, os cinco pedagogos da UNIFAL-MG iniciaram, em 2016, um grupo de estudos para fundamentar as ações desenvolvidas e construir a identidade do apoio pedagógico na Instituição, especificamente, para as ações ligadas à orientação educacional para os discentes. A partir dessas discussões foram propostas as oficinas de autorregulação da aprendizagem, trabalhadas com estudantes dos campi da Universidade.

De acordo com a pedagoga do Departamento de Apoio Pedagógico (DAP) da Pró-Reitoria de Graduação da UNIFAL-MG, Michelle Cristine da Silva Toti, a proposta de criação do grupo de estudos surgiu com a necessidade de acompanhar as mudanças ocorridas no Ensino Superior brasileiro, a partir de 2003, com o processo de expansão da rede e mudanças na política de assistência estudantil. “Essas mudanças levaram a um aumento significativo no número de vagas, mudança no perfil dos alunos e contratação de pedagogos para atuarem no apoio pedagógico aos discentes; no entanto, tanto a formação inicial desses profissionais quanto a tradição das instituições universitárias no Brasil, não oferece referências para essa atuação”, observa.

Em face dessa realidade, o grupo da Universidade desenvolveu um ciclo de oficinas de autorregulação no contexto da aprendizagem, que diz respeito ao processo no qual o indivíduo estabelece seus objetivos e para alcançá-los busca monitorar, regular e controlar as suas cognições, motivações e comportamentos.

O grupo ganhou reforço, em 2017, com a integração das pedagogas Joyce de Oliveira Ribeiro, que atua no apoio pedagógico para os alunos de graduação no CEFET-MG, campus Varginha, e Luciana da Silva Caretti, pedagoga da Unifei. Nessa nova constituição,  a troca de experiências entre os profissionais levou ao desenvolvimento das oficinas nas três instituições, como uma ação conjunta. “O objetivo das oficinas foi oferecer aos alunos momentos coletivos para compartilharem experiências e desafios, propiciando a identificação e aprendizagens voltadas para o desenvolvimento de habilidades autorregulatórias”, explica Michelle.

Para a pedagoga da UNIFAL-MG, a oportunidade de compartilhar dúvidas, ideias e proposições com colegas da área é enriquecedora. “A experiência foi positiva ao romper com a sensação de isolamento e fortalecer a identificação com outros profissionais que vivenciam situações similares”, destacou.

Das oficinas, o grupo também apurou dados importantes sobre as necessidades do corpo discente. “Por meio de um questionário online os participantes indicaram outras possibilidades de atuação do apoio pedagógico, as quais podem contribuir no atendimento individual e coletivo aos estudantes”, revelou Michelle.

Conforme a pedagoga, a experiência indicou ainda, a necessidade de definição de políticas institucionais de apoio pedagógico aos discentes e a formação dos profissionais envolvidos nesses serviços.

Repercussão Internacional

Pedagogas da Universidade durante apresentação no evento realizado no Chile (Foto: Arquivo Pessoal das participantes)

Vale destacar que o trabalho realizado pelo grupo de estudos ganhou repercussão no Congreso Internacional de Orientación para el Aprendizaje en Educación Superior, realizado pela Universidad de Chile, na cidade de Santiago, no mês de outubro.

Durante o evento, as servidoras Edna de Oliveira e Michelle Cristine da Silva Toti, pedagogas atuantes na orientação educacional aos discentes, apresentaram o trabalho “Experiência interinstitucional de apoio pedagógico aos discentes no ensino superior” que contou, ainda, com a autoria das pedagogas Joyce de Oliveira Ribeiro (CEFET-MG) e Luciana da Silva Caretti (Unifei).

Na apresentação, as servidoras da UNIFAL-MG mostraram dados sobre o planejamento, realização e avaliação da experiência de orientação aos alunos, ofertada por meio de oficinas de autorregulação da aprendizagem. Michelle apresentou também, o trabalho “O apoio pedagógico nas universidades federais brasileiras”, que reúne dados iniciais da sua pesquisa de doutoramento.