Faculdade de Odontologia alerta sobre diagnóstico precoce no combate ao câncer de cabeça e pescoço; ação integra campanha “Julho Verde”

O câncer representa uma das principais causas de óbitos em indivíduos com menos de 70 anos na maioria dos países. Dentre todos os tipos de câncer, o de boca está entre os seis tipos mais comuns e acomete, preferencialmente, língua, assoalho de boca, garganta, gengiva e lábio inferior. Para destacar a importância da conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce no combate ao câncer de cabeça e pescoço, no mês de julho são realizadas atividades em todo o país para celebrar a campanha “Julho Verde”. Promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e pela Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), em 2020, a iniciativa estimula o autocuidado com o lema “Seu Corpo é sua vida. Não o destrua!”, trazendo o protagonismo a cada indivíduo sobre os fatores de risco.

“Tumores nestas regiões são causados principalmente pelo consumo excessivo de tabaco, associado ou não ao álcool, pela ação do vírus do papiloma humano (HPV) e, para os tumores de lábio inferior, exposição solar sem a utilização de protetor labial. Um outro fator de destaque é a predisposição genética”, afirma o professor da Faculdade de Odontologia, João Adolfo Costa Hanemann.

O câncer de boca pode apresentar-se clinicamente como feridas, manchas brancas ou vermelhas ou ainda como caroços no pescoço. Para a confirmação do diagnóstico, é necessária uma biópsia de parte da lesão e o fragmento removido deve ser enviado para análise microscópica. Se o diagnóstico for positivo, o paciente é encaminhado para o tratamento oncológico sob a responsabilidade do médico cirurgião de cabeça e pescoço.

De acordo com o docente, o tratamento indicado é a cirurgia para retirada do tumor e de alguns gânglios linfáticos localizados no pescoço. “Frequentemente, o tratamento cirúrgico necessita ser complementado pela radioterapia. É importante ressaltar que o câncer de boca tem cura e o diagnóstico precoce aumenta estas chances de cura e reduz as sequelas decorrentes do tratamento oncológico. Portanto, caso uma pessoa apresente feridas na boca sem causa aparente, e que não cicatrizam em até duas semanas, deve imediatamente procurar um cirurgião-dentista para que seja feito um exame da sua mucosa oral e, se necessário, fazer também uma biópsia”, explicou o Prof. João Adolfo, que é pesquisador da área.

A Clínica de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da UNIFAL-MG é hoje um centro de referência na prevenção, diagnóstico e tratamento das sequelas decorrentes do tratamento oncológico do câncer de boca para os municípios da área de jurisdição da Superintendência Regional de Saúde de Alfenas, da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Todas as consultas, procedimentos e exames são gratuitos e custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para agendar uma consulta, basta ligar para o número 35-3701-9416 ou enviar um e-mail para semio.odonto@unifal-mg.edu.br.

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