Sul de Minas bate recorde de infectados pelo coronavírus, epidemiologista da UNIFAL-MG analisa a situação na EPTV
Na sexta-feira (8), o Jornal da EPTV 1ª Edição destacou o recorde de casos de Covid-19 no sul de Minas Gerais, após as festividades de final de ano. A matéria contou com análise, ao vivo, do professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da UNIFAL-MG, sobre esse aumento dos casos. O recorde emerge 13 dias após o Natal e, com o reveillon, os casos podem aumentar ainda mais.
Para o professor, a tendência, infelizmente, é de agravamento da situação, visto que estamos recebendo “a conta” do Natal e ainda sequer recebemos “a conta” do Ano Novo. De acordo com o epidemiologista, os idosos, geralmente, participam mais das festividades do Natal e isso pode resultar no aumento de mortes. O professor Sinézio Júnior explicou ainda que a nova variante do vírus, de maior transmissibilidade, também poderá impactar nos próximos números.
“De cada quatro a cinco [pacientes] internados [com Covid-19], uma pessoa vai perder a vida. E com essas internações nós estamos atrasando procedimentos cirúrgicos. Por exemplo, me permita: dois meses, três meses de atraso no tratamento de câncer de mama, vai fazer com que aumente 25% o risco de morte de uma mulher. É como se você falar [que a cada] quatro mulheres que atrasam três meses o tratamento de câncer de mama […] uma vai morrer. Então nós temos que ver todo esse lado e não só o aspecto das mortes por Covid-19”, enfatiza Sinézio Júnior.
Por fim, o professor espera que os números atuais sensibilizem as pessoas para seguirem os protocolos de segurança e pede maior seriedade da população e das autoridades no combate ao vírus, para garantir segurança para os membros mais “indefesos da sociedade”, como os idosos, as pessoas com doenças pré-existentes e as crianças. “Por trás do número, tem gente e muito sofrimento humano envolvido”, finalizou.
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A reportagem está disponível em https://globoplay.globo.com/v/9162402