Epidemiologista da UNIFAL-MG comenta o aumento de casos de dengue no Sul de Minas Gerais

A Secretaria de Estado da Saúde indica 8.469 casos prováveis de dengue no Sul de Minas, mais da metade dos casos notificados em 2022. Para comentar o assunto, o jornal Bom Dia Cidade convidou o professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG.

“Mais uma vez a dengue volta a preocupar a população e a área da saúde. Nós estamos vendo, talvez, um novo ciclo epidêmico. Aqui, em Minas Gerais, temos tido ciclos de 3 em 3 anos”, explicou o professor. Na oportunidade, ele salientou que não é de pessoa para pessoa que se transmite a doença. “Agora, com a volta das atividades, com a grande quantidade de chuva, as pessoas começam a circular mais, e, por conta da pandemia, nós perdemos aquela rotina, aquela preocupação de controlar o criador do mosquito nos diversos ambientes”, acrescentou.

“É verdade que a maioria dos recipientes com criadouro estão nas casas das pessoas, mas também é muito importante que as áreas com grande circulação de pessoas sejam vistas como estratégicas, porque, se você está na sua casa, não tem infecção, ‘cria’ o mosquito dentro dela com a sua família, e ninguém tem infecção, ninguém vai pegar dengue. Agora, áreas de grande circulação de pessoas, aumenta a probabilidade de uma pessoa infectada estar ali; se você tem criadouros nesses locais – escolas universidades, terminais rodoviários -, o mosquito tem facilidade de se contaminar e contaminar outros”.

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