Andifes, principal entidade de interlocução das Universidades com o Governo Federal, elege nova diretoria

Márcia Abrahão, presidenta eleita, reforça o compromisso da associação com o trabalho em rede e respeito à autonomia e à diversidade das instituições

Trabalhar em rede com participação e democracia. Essa é a proposta da diretoria executiva da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), eleita no dia 28 de julho, para gestão 2023/2024. A nova diretoria tem como presidenta a reitora Márcia Abrahão Moura, da Universidade de Brasília (UnB), assumindo o posto do reitor Ricardo Marcelo Fonseca, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na presidência da entidade. A eleição foi realizada na 194ª Reunião Ordinária do Conselho Pleno, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e contou com a presença do Ministro da Educação, Camilo Santana, e da Secretária de Ensino Superior do MEC, Denise Pires de Carvalho. 

Na nova gestão, a vice-presidência será composta pela reitora Lúcia Campos Pellanda, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre  (UFCSPA) e pelos reitores José Daniel Diniz Melo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte  (UFRN), Sylvio Mário Puga Ferreira, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Valder Steffen Júnior, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A Andifes, principal entidade representativa dos reitores e de interlocução com o governo federal, representa o conjunto de 69 instituições federais de ensino superior, entre universidades e institutos federais, e os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet). A entidade está presente nas principais mobilizações em apoio à educação superior pública e teve um papel fundamental nas lutas pela valorização das universidades frente aos cortes orçamentários ocorridos em 2022.

Em vídeo, publicado no canal do Youtube da Andifes, a reitora Márcia Abrahão destacou que a nova diretoria vai continuar com o trabalho desenvolvido pela diretoria anterior e incrementar as ações junto ao congresso nacional e aos ministérios, junto ao poder judiciário e órgãos de controle. “Vamos trabalhar em rede, de forma participativa, democrática, com muita união, e respeitando toda diversidade das nossas instituições. Temos instituições que têm 100 anos e instituições que foram recentemente criadas que têm particularidades e muitos desafios pela frente”, declarou.

Entre as pautas, estão o orçamento das universidades para 2023 e 2024, cotas, Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes),  Plano Nacional de Educação e o projeto de lei sobre fim da lista tríplice para indicação de reitor.  A lista tríplice, tema de interesse coletivo das universidades, é exigida para nomeação do dirigente máximo das universidades. No governo anterior de Jair Bolsonaro, a lista foi frequentemente desrespeitada com a nomeação de indicados que não estavam em primeiro lugar.

Para o professor Sandro Amadeu Cerveira, reitor e representante da UNIFAL-MG na Andifes, a nova diretoria recebe uma Associação com muitas realizações e com um grande potencial de contribuir ainda mais com a educação superior no Brasil. “A presidenta, Profa. Márcia, a vice-presidenta Lúcia e os vice-presidentes Valder, Daniel e Silvio possuem extensa experiência administrativa além de serem lideranças reconhecidas em suas respectivas áreas do conhecimento e na articulação em defesa da universidade pública”, observou.

Segundo o professor Sandro Cerveira, a Andifes tem atuado de forma efetiva na articulação com o Governo Federal e com outras instituições na busca pela valorização das Universidades. “Os desafios são grandes, mas também as expectativas são muito positivas nesse momento pelo qual passa o país de respeito, diálogo e reconstrução do país”, completou.

Sobre a Andifes

Criada em 1989, a Andifes representa oficialmente as universidades federais na interlocução com o Governo Federal, com as associações de professores, de técnico administrativos, de estudantes, bem como com a sociedade em geral. Atualmente, a entidade representa 65 universidades federais, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs) e dois Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs), localizados em todos os estados da federação e no Distrito Federal. O órgão possui um relevante papel de indução do desenvolvimento econômico, social e cultural dessas regiões.

A Andifes também mantém os fóruns e colegiados com participação de representantes das instituições filiadas, como Fórum dos Dirigentes de Hospitais Veterinários Universitários (FORDHOV), Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), Fórum Nacional dos Diretores de Contabilidade e Finanças das Universidades Federais (FONDCF), Fórum Nacional de Pró-reitores de Gestão de Pessoas (Forgepe) e Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração (Forplad), e os colegiados de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das IFES (CGTIC), Colégio de Pró-reitores de Graduação das IFES (Cograd), Colégio de Pró-reitores de Extensão das IFES (Coex), Colégio de Pró-reitores de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação das IFES (Copropi) e o Conselho de Gestores de Relações Internacionais das IFES (CGRIFES). 

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