Pesquisa de mestrado revela vantagens e desvantagens do teletrabalho na UNIFAL-MG; TAEs demonstram satisfação com melhora da qualidade de vida e do ambiente de trabalho

O estudo contou com a participação de 184 servidores da Instituição

Em 2020, as universidades brasileiras tiveram suas atividades presenciais suspensas devido à pandemia da Covid-19 e o teletrabalho emergencial foi a forma encontrada para manter o funcionamento das atividades administrativas e acadêmicas nessas instituições. Diante dessa situação, o técnico-administrativo em educação, Gustavo Ferreira de Oliveira, realizou uma pesquisa a fim de identificar os benefícios e dificuldades na percepção dos TAE’s com a implantação do teletrabalho durante a pandemia.

Intitulada “Vantagens e desvantagens do teletrabalho dos servidores técnicos-administrativos em educação de uma instituição pública federal”, a pesquisa é fruto da dissertação de Gustavo para obtenção do título de mestre em Administração Pública e foi orientada pelo professor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), Paulo Roberto Rodrigues de Souza. Segundo Gustavo, a ideia surgiu ainda na pandemia e teve como um dos objetivos principais apresentar resultados no sentido de aperfeiçoar o teletrabalho e propor a implementação preferencialmente do teletrabalho híbrido ou parcial a todos os TAE da UNIFAL-MG.

Gustavo Ferreira é servidor da UNIFAL-MG desde 2007 (Foto: arquivo pessoal)

“A fim de identificar os benefícios e as dificuldades na percepção dos servidores técnicos administrativos em educação da UNIFAL-MG sobre o teletrabalho durante a pandemia, os resultados encontrados neste estudo mostram que, embora optando por adotar essa forma de trabalho em tempos de crise, foram encontrados benefícios para os trabalhadores em termos de qualidade de vida, melhoria do ambiente de trabalho e a disciplina de horários. A pesquisa forneceu dados importantes para o teletrabalho e para o retorno ao trabalho presencial”, afirmou Gustavo.

O levantamento dos dados para o estudo foi realizado por meio de um questionário online, ofertado via e-mail institucional e Google Forms, durante o período de 31/10/2022 a 30/11/2022, para os servidores TAE. Da amostra de 333 servidores, 184 participaram da pesquisa e responderam o questionário. De acordo com Gustavo, os resultados da pesquisa evidenciam que, na percepção dos servidores da UNIFAL-MG, a adoção do teletrabalho durante a pandemia proporcionou inúmeras vantagens, tais como: menos interrupções, menor distração, maior interação com a família, maior autonomia para organizar as tarefas e mais flexibilidade de horário. Outros benefícios citados foram sobre o fornecimento da infraestrutura necessária para desenvolver o teletrabalho e que não houve mudanças na estrutura organizacional do órgão, além de que o teletrabalho pode entregar um serviço com eficiência, efetividade, produtividade e qualidade.

“Um dado que chamou atenção foi que mesmo sendo compulsória a entrada no teletrabalho, muitos tiveram o reconhecimento de suas obrigações pelos colegas de trabalho, que seu desenvolvimento não foi prejudicado, não encontrando resistência de gestores e colegas ao regime de trabalho, não se sentindo mais supervisionado pela instituição e que o emocional não foi abalado”, citou Gustavo. Já em relação às desvantagens, a pesquisa identificou que as principais queixas são: carga de trabalho aumentada, vivência de maior isolamento social e menor interação com os colegas de trabalho.

O professor Paulo Roberto foi o orientador da pesquisa de mestrado sobre o teletrabalho na UNIFAL-MG (Foto: arquivo pessoal)

Para o Prof. Paulo Roberto, pesquisar sobre o teletrabalho é importante por se tratar de um tema atual e de interesse das pessoas, já que ainda é uma nova modalidade de trabalho e está em processo de consolidação. “O trabalho do Gustavo teve participação relevante dos servidores e retrata a visão dos TAE’s sobre a nova modalidade. Sob o ponto de vista da contribuição científica, ele é relevante porque pode servir de referência para outros estudos posteriores. Para a gestão, é fundamental e serve de balizamento para a tomada de decisões quanto ao teletrabalho e suas implicações”, ressaltou o docente do campus Varginha que orientou o estudo.

Gustavo Ferreira de Oliveira é servidor da Universidade desde 2007, quando entrou para o cargo de Administrador. Atualmente, está lotado na secretaria da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – FCF. Participou da transição de Efoa para UNIFAL-MG, de várias comissões e integra a CPPG – Comissão Permanente do Programa de Gestão que trata sobre o assunto teletrabalho.

Para acessar a dissertação e conferir os resultados da pesquisa, clique aqui.