UNIFAL-MG duplica participação de equipe no Projeto Rondon 2024

As equipes integram a operação Onça Cabocla, que ocorrerá na região Norte de Minas Gerais

A próxima operação do Projeto Rondon vai contar com duas equipes da UNIFAL-MG em vez de uma. Dezesseis alunos de diversos cursos de graduação e quatro professores participarão, em janeiro, da operação Onça Cabocla, que ocorrerá na região Norte de Minas Gerais entre os dias 10 e 27 de janeiro. Uma das equipes será chefiada pelo professor Tomaz Henrique Araújo, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), que está indo para sua 19ª operação Rondon; a outra, pelo professor Eloésio Paulo, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), que fará sua terceira participação no projeto. Além deles, duas professoras participam do projeto pela primeira vez, as docentes Manuella Carvalho da Costa e Marília Gabriela Alves Goulart Pereira, ambas do ICB.

Profa. Manuella Carvalho da Costa, coordenadora adjunta do professor Eloésio Paulo no Projeto Rondon. (Foto: arquivo pessoal)

O Rondon, originado no ano de 1967, é coordenado pelo Ministério da Defesa do Brasil e reúne esforços de diversas pastas da administração federal. O objetivo do projeto é levar cultura, informação científica e noções de cidadania às regiões mais isoladas e desassistidas do país. Desta vez, sob o nome de Operação Onça Cabocla, a expedição percorre 12 municípios da região mineira situada nos limites do semiárido nordestino. As equipes da UNIFAL-MG atuarão nos municípios de São João da Lagoa e São João da Ponte.

Para Tomaz Araújo, as atividades extensionistas executadas no Rondon permitem aos acadêmicos “ter uma visão mais ampla de sua formação e atuação profissional”, além de “realçar áreas de atuação e apontar rumos profissionais”. Não menos importante, diz o veterano rondonista, “possibilita contato com uma parcela da população que vive na miséria e na exclusão social”, o que já basta para “balançar preconceitos de qualquer natureza”.

Yasmim Ribeiro Fracaroli estudante do 7° período de Enfermagem. (Foto: arquivo pessoal)

A professora Manuela Costa vê a participação no Rondon como “chance de compreender a diversidade social e cultural do nosso país, conectando-me a realidades distintas, fora do meu convívio habitual”. Ela espera tornar-se, com isso, “um agente de transformação capaz de dar sua contribuição para um Brasil mais justo e solidário”, mencionou.

Expectativa semelhante têm os estudantes. Yasmim Ribeiro, estudante de Enfermagem natural de Campinas (SP), diz que integrar a equipe Rondon é “a realização de um sonho” e gera “expectativas enormes”. Sua maior motivação, define, é “a crença na mudança que a educação, empatia e troca podem proporcionar”.

Isabella Consentino Silva estudante do 8º período de Licenciatura em Letras Português. (Foto: arquivo pessoal)

Estudante de Letras, Isabella Consentino Silva vem de São João da Boa Vista e conta que, a partir dos relatos de experiências de ex-rondonistas, imagina “consolidar ações que vão além das paredes da sala de aula, muitas vezes pautadas por um ensino-aprendizagem mecânico e padronizado”. Para isso, ela acrescenta: “temos preparado as oficinas buscando imaginar a recepção que teremos na comunidade, a participação nas atividades e os desafios a serem enfrentados na capacitação dos multiplicadores”.

Maria Fernanda Carvalho Ribeiro, que acaba de cursar o sexto período do curso de Farmácia, considera “uma grande realização pessoal” participar do Rondon, pois o projeto é, na sua visão, uma “fonte de transformação, empatia, humanização e aventura”. Maria Fernanda acredita que, na operação Onça Cabocla, viverá experiências que a tonarão “uma pessoa melhor”.

Por sua vez, a estudante de Ciências Biológicas Ana Carolina Cardoso diz que “o Projeto Rondon é mais do que uma ação temporária, é um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e colaborativa”. Isso proporciona a cada rondonista, ela prevê, “uma oportunidade ímpar de crescer como indivíduo e como cidadã”.

Cada equipe do Rondon é composta por oito alunos e dois professores coordenadores. Os participantes escolhidos pela UNIFAL-MG viajarão para Montes Claros no dia 10 de janeiro. De lá, cada turma seguirá para seu destino. No município escolhido para atuar, apresentarão, ao longo de 12 dias, palestras e oficinas cujo objetivo é formar multiplicadores, ou seja, habitantes locais capazes de transmitir a outras pessoas as noções e os conhecimentos recebidos.

A pró-reitora adjunta da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da UNIFAL-MG salientou a importância do projeto na promoção e valorização da extensão universitária. “As atividades do projeto configuram uma importante via de troca de experiências e aprendizado tanto para os universitários como para as comunidades envolvidas”, destacou.

“Neste processo, oportuniza-se aos estudantes a construção de espaços em que os conhecimentos teóricos podem ser aplicáveis em um contexto prático e real. A interação direta com as comunidades locais contribui para o desenvolvimento de habilidades interpessoais, liderança, trabalho em equipe, percepção de diferentes questões sociais, econômicas e culturais”, afirmou a pró-reitora adjunta.

Para ela, além de fortalecer a formação integral dos estudantes enquanto cidadãos engajados e conscientes, o Projeto Rondon como ação de extensão universitária reforça o compromisso da UNIFAL-MG junto à sociedade, cumprindo a função social da Instituição.

**Este texto foi escrito com a colaboração do professor Eloésio Paulo, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).