Uma vida longeva e saudável é dependente de fatores genéticos, ambientais e também hábitos que compõem nosso estilo de vida. A qualidade da dieta nos diferentes ciclos de vida reflete na prevenção ou tratamento das doenças relacionadas ao envelhecimento humano e ao metabolismo saudável.
O Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade considera o conceito de longevidade como longa duração da vida saudável e que teorias fisiológicas apontam o início do envelhecimento após o nascimento ou a partir do organismo maduro, não focando apenas seu estágio final na velhice.
Assim, valoriza fatores que podem determinar a longevidade durante todo o processo, focando no papel dos nutrientes e demais componentes de alimentos, hábitos, práticas e políticas relativas à alimentação.
Neste contexto, o Programa apresenta apenas uma área de concentração que abrange duas linhas de pesquisa: “Linha 1. Nutrição no metabolismo e no envelhecimento humano” e “Linha 2. Alimentos e longevidade”, contemplando o preconizado no documento da CAPES da área da Nutrição, ao integrar três das subáreas da Nutrição: “Alimentos e Alimentação Coletiva”, “Nutrição Básica e Experimental” e “Nutrição Clínica”. A primeira linha de pesquisa integra estudos das subáreas de “Nutrição Básica e Experimental” e “Nutrição Clínica” direcionados à longevidade. Visa encontrar estratégias para uma melhor qualidade de vida a partir do estudo da relação de aspectos alimentares e nutricionais, nos diferentes ciclos da vida, especialmente com as doenças crônicas mais prevalentes no envelhecimento. A segunda linha de pesquisa integra, principalmente, estudos nas subáreas: “Alimentos e Alimentação Coletiva” e “Nutrição Básica e Experimental”, ao propor a caracterização, avaliação e desenvolvimento de produtos com propriedades biofuncionais que atendam às demandas da pessoa idosa, visando à longevidade.
CONTEXTO
Sabendo-se também que a OMS considera a “alimentação saudável” como parte do tripé essencial para o envelhecimento saudável, este é um importante Programa dentro da Área de Nutrição, sendo o primeiro do país a ombrear-se à OMS e ao Ministério da Saúde no que tange à priorização desse tema.
O envelhecimento populacional é uma crescente realidade no Brasil e no mundo. O primeiro país do mundo a ter a quantidade de idosos maior do que a quantidade de jovens com menos de 15 anos foi a Suécia em 1975. O número de “países idosos” passou de 3 em 1980 para 52 em 2015. O Brasil ainda não é um país idoso, mas está envelhecendo rapidamente. No ano de 2010 havia 48,1 milhões de jovens de 0 a 14 anos e 20,9 milhões de idosos com 60 anos e mais. O Índice de Envelhecimento (IE) era de 43 idosos para cada 100 jovens. Em 2018, o número de jovens caiu para 44,5 milhões e o de idosos subiu para 28 milhões, ficando o IE em 63 idosos para cada 100 jovens.
A proposta do curso de Mestrado em Nutrição e Longevidade está alinhada à agenda de pesquisa do Ministério da Saúde publicada em 2018, que aponta a saúde do idoso como uma das prioridades. Tal agenda aponta ainda para um alinhamento das prioridades atuais de saúde com as atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, direcionando os recursos disponíveis para investimento em temas estratégicos para o Sistema Único de Saúde. Desse modo, pesquisas desenvolvidas no âmbito da linha “Nutrição no metabolismo e no envelhecimento humano” poderão impactar positivamente as ações dos profissionais de saúde e as políticas do SUS. Além disso, os mestres formados poderão atuar nos serviços de saúde implementando políticas voltadas ao envelhecimento saudável e à população idosa.
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