Sexualidade do idoso é tema do informativo “Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde”

2019 / Volume 2/ Edição 3

Apesar da expressão da sexualidade passar por transformações ao longo dos ciclos de vida do ser humano, ela não se acaba com a chegada da terceira idade. É também na fase idosa que ela pode se reinventar e se fortalecer, dando espaço para práticas como o carinho, o afeto, a comunicação, o apego e o companheirismo. A sexualidade do idoso deve ser incorporada aos atendimentos dos profissionais de saúde. Para isso, é necessário que essa abordagem seja livre de preconceitos e constrangimentos, sendo discutida com naturalidade. No processo de envelhecimento ocorrem algumas alterações físicas, biológicas e psicológicas, que também afetam a expressão da sexualidade e a resposta aos estímulos sexuais. Nos homens ocorre a diminuição da testosterona e dos espermatozoides. Nas mulheres pode ocorrer diminuição de hormônios e da lubrificação vaginal. Porém, há recursos que podem beneficiar a vivência da sexualidade do idoso. Por exemplo, as mulheres podem utilizar lubrificantes íntimos para diminuir o desconforto e dor durante as relações sexuais. O diálogo entre o casal também torna as relações mais prazerosas. O uso do preservativo é de grande importância e deve ser considerado pela população idosa, assim como por qualquer pessoa sexualmente ativa, tendo em vista que é um método que protege contra as infecções sexualmente transmissíveis, que crescem cada vez mais entre os idosos, tanto em homens, quanto em mulheres. O uso do preservativo feminino pode possibilitar maior conforto e autonomia para as mulheres, uma vez que pode ser colocado até oito horas antes do início da atividade sexual.  Por isso, é necessário realizar exames rotineiramente e procurar atendimento com profissionais de saúde, pois muitas doenças não apresentam sintomas específicos e, alguns problemas de saúde, como diabetes mellitus, colesterol, hipertensão arterial, podem alterar o desempenho sexual.

Esse informativo é produto do Projeto de Extensão: Comunicação e Informação em Enfermagem e Saúde (CIENFS), que tem por objetivo principal informar a população em geral sobre temas em saúde.

ALENCAR, R. A.; CIOSAK, S. I. Aids em idosos: motivos que levam ao diagnóstico tardio. Rev. Bras. Enferm., Brasíia, v. 69, n. 6, p. 1140-1146,  nov./dez. 2016.BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento.  Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso.  Brasília, 2010.

UCHÔA, Y. S. et al. A sexualidade sob o olhar da pessoa idosa. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, v.  19, n. 6, p. 939-949, 2016.

AUTORES: PAIVA, E.M.C.; MUNHOZ, A.A.S.G.; SILVA, B.D.; MELO, C.P.; OLIVEIRA, D.S; RIBEIRO, J.F.; CARVALHO, M.L.N.; NASSIF, M.S.; OLIVEIRA, P.E; FERREIRA, P.M; FRANCISCO, S.C.; CHAVES, E.C.; SILVA, S.A.

COLABORAÇÃO: ESCOLA DE ENFERMAGEM; PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO; PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL – PET/ENFERMAGEM – UNIFAL-MG.