Natural de Guiné-Bissau, mestrando em Educação da UNIFAL-MG fala sobre seu país e as experiências como estudante no Brasil em programa de TV local

O programa “Prosa Livre” da Rede Grava, emissora educativa, artística, cultural e informativa de Alfenas, recebeu na edição do dia 28/07, o convidado Bruno Gomes, mestrando em Educação da UNIFAL-MG.

Em entrevista para o apresentador Guilherme Abraão, Bruno, que é natural de Guiné-Bissau, país da África Ocidental, falou sobre o seu país, sobre a imagem do continente africano difundida pela mídia, da busca pela formação acadêmica que o trouxe ao Brasil e outros temas ligados à sua rotina de estudante da UNIFAL-MG.

No primeiro bloco, o mestrando explica a localização de Guiné-Bissau, informando se tratar de um país africano, pertencente à antiga colônia portuguesa, que abrange 36.125 km², com uma população estimada de 1,6 milhão de pessoas.

Há cinco anos no Brasil, Bruno ressalta que o conhecimento que as pessoas têm sobre a África não condiz com a realidade daquele continente. Para ele, é necessário desmistificar a ideia de que na África só existe fome ou animais selvagens. “É essa a informação que é passada pela mídia”, conta durante a entrevista. “Como sabemos, a mídia é a colonizadora da América, hoje em dia, e qualquer informação que é propagada pela mídia é tomada como verdade absoluta”, pontua, afirmando que os africanos no exterior tentam mostrar os aspectos positivos.

A forma como veio para o Brasil é narrada no segundo bloco, quando o guineense conta que, ao terminar o Ensino Médio soube que existiam vagas para estudantes estrangeiros no Brasil, disponibilizadas pela Embaixada do Brasil em Guiné-Bissau. Foi selecionado para fazer Bacharelado em Humanidades, curso oferecido pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no Ceará, onde também cursou Ciências Sociais.

Após esse período, por meio de uma pesquisa sobre mestrados encontrou o edital do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIFAL-MG para o qual se inscreveu e passou no processo seletivo. Com o apoio da Secretaria do Programa e do professor do Instituto de Ciências Humanas e Letras, Natalino Neves da Silva, hoje orientador da pesquisa de Bruno, o estudante se instalou em Alfenas.

Dedicado ao projeto de pesquisa o qual envolve análise dos movimentos estudantis, a União Nacional dos Estudantes e o Movimento Estudantil Carta 21, Bruno diz que precisará voltar ao seu país para fazer parte da pesquisa de campo, mas não pretende concluir apenas o mestrado. “Se dependesse só de mim, eu queria estudar direto. Meu sonho é atingir essa meta até o doutorado. Eu quero ser o primeiro da minha família a ter doutorado”, enfatiza.

Já no terceiro bloco, Bruno fala sobre como foi a chegada ao Brasil e as barreiras que encontrou para adaptação. Segundo o acadêmico, as dificuldades estiveram mais ligadas aos hábitos de seu país em contraste com os aspectos culturais brasileiros. Também nesse bloco, o entrevistado falou sobre a rotina de estudos, a qual é preenchida por muitas horas de leituras e estudos na biblioteca da Universidade.

No quarto bloco, o mestrando fala sobre o andamento de seu projeto de pesquisa e todo embasamento teórico que tem buscado para construir a sua pesquisa. Confira a seguir:

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