Impacto da pandemia da Covid-19 na saúde mental da população brasileira: pesquisadores da UNIFAL-MG integram pesquisa internacional para identificar as reações psicológicas ao coronavírus

Na busca por identificar o impacto da pandemia da Covid-19 na saúde mental da população, pesquisadores da UNIFAL-MG integram um projeto de pesquisa internacional que conta com a participação de colegas de instituições brasileiras e também de países como Portugal, China, Índia, Austrália e Irã. Representando a Universidade, os professores Renato Leonardo de Freitas (Instituto de Ciências Biomédicas) e Lucas Emmanuel Teixeira (Instituto de Ciências da Motricidade) se unem ao projeto, idealizado pelo professor José Aparecido da Silva, da USP de Ribeirão Preto.

A equipe elaborou um formulário, por meio do qual, realiza um levantamento sobre as reações psicológicas às pandemias, incluindo comportamentos e reações emocionais e defensivas. “O objetivo de nosso projeto é preencher uma lacuna importante na literatura, especialmente a brasileira, sobre pandemias”, destaca Prof. Lucas Emmanuel. Os dados da população brasileira serão comparados com dados de pessoas de outros países em isolamento devido à pandemia.

O levantamento ajudará o grupo analisar os fatores de vulnerabilidade psicológica que contribuem para a disseminação de doenças e angústias emocionais, assim como o impacto do isolamento social, o papel da mídia e da disseminação do coronavírus na saúde física, mental e cognitiva da população. Os pesquisadores pretendem também descrever maneiras eficazes para lidar com esses problemas psicológicos e, posteriormente, apontar algumas das implicações para políticas de saúde pública, incluindo intervenções adequadas para a comunicação de riscos.

Para justificar a proposta, os pesquisadores afirmam que as autoridades de saúde negligenciam o papel de fatores psicológicos na infecção relacionada à pandemia, mesmo que tais fatores sejam indicados como importantes por pessoas infectadas e curadas, estejam presentes nos relatos de profissionais de saúde e também na literatura científica. “Na verdade, as reações psicológicas desempenham um papel vital, por exemplo, na aderência à vacinação, no distanciamento e isolamento social, bem como nas práticas de higiene que são vitais para conter a propagação, ou disseminação, da infecção”, explica professor Lucas Emmanuel, ressaltando que a não adesão à vacinação é outro problema generalizado, mesmo durante epidemias ou pandemias globalizadas.

De acordo com o pesquisador da UNIFAL-MG, os aspectos psicológicos também influenciam na maneira como as pessoas lidam com a ameaça de infecção pandêmica e suas sequelas, como a perda de entes queridos. “Embora muitas pessoas lidem bem com ameaças, muitas outras experimentam altos níveis de angústia ou agravamento de problemas psicológicos preexistentes, como distúrbios de ansiedade, depressão, medo, culpa, raiva, estigma, baixa-estima, superstições, crenças, apatia, falta de suporte social, preocupações exageradas, entre outras”, argumenta.

Para participar da pesquisa basta clicar no formulário “Reações físicas, psicológicas e cognitivas à Covid-19” e responder as perguntas.

Prof. Lucas Emmanuel acredita que a participação da população possibilitará o desenvolvimento de maior consciência dos aspectos da saúde e permitirá um processo de reflexão que levará à melhora na qualidade de vida por meio da autopercepção.

Além dos professores da UNIFAL-MG e do professor idealizador da USP, o projeto de pesquisa conta também com a participação dos pesquisadores brasileiros: Jorge Tostes (Universidade Federal de Itajubá – Unifei); Cláudia Mármora e Alberto Abad (Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF); Juliana Almeida da Silva e Mayra Antonelli Ponti (Universidade de São Paulo – USP, campus de Ribeirão Preto); Luis Antonio Monteiro Campos (Universidade Católica de Petrópolis – RJ) e  Scheila Paiva (Universidade Federal de Sergipe – UFS).

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