Laboratório Central da UNIFAL-MG realiza “testes rápidos” para Covid-19; o Lacen testou profissionais de saúde de Alfenas e membros da comunidade universitária em trabalho presencial e semipresencial

A UNIFAL-MG, por meio do Laboratório Central de Análises Clínicas (Lacen), tem aplicado testes rápidos para detecção do novo coronavírus causador da Covid-19.  Na primeira etapa, foram testados profissionais de saúde de Alfenas, estudantes em estágio nas clínicas e outros membros da comunidade universitária em trabalho presencial e semipresencial. Até o momento, foram aplicados cerca de 400 testes e devem chegar a 2 mil.

A testagem de agentes de saúde da cidade de Alfenas é fruto de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e da comunidade universitária da UNIFAL-MG foi uma iniciativa institucional para monitorar o estado de saúde dos estudantes e profissionais. A proposta da Reitoria é testar todos os servidores e terceirizados em atividades presenciais e semipresenciais.

Para segurança dos técnicos, foi adotado regime de escalas.

Em relação aos profissionais da saúde e estudantes em estágio em clínicas da UNIFAL-MG, a professora Maria Rita Rodrigues, chefe e responsável técnica do Lacen, ressalta a necessidade de testagens periódicas.  “Os profissionais da saúde estão muito expostos e, no caso dos estudantes, é necessário atender as normas de biossegurança e as medidas de prevenção ao Covid-19 para que estes não sejam expostos e não exponham ninguém ao risco de contaminação”, completou.

Estudantes, servidores, terceirizados e agentes de saúde foram testados para Covid-19 pelo Lacen.

Segundo a professora, o laboratório clínico desempenha um papel essencial no contexto por atuar diretamente na triagem, no diagnóstico e no monitoramento dos pacientes, bem como na vigilância epidemiológica. “O monitoramento bioquímico de pacientes com Covid-19 através de testes de diagnóstico in vitro é fundamental para avaliar a gravidade e progressão da doença, além de monitorar a intervenção terapêutica através de vários outros exames laboratoriais”, explicou.

Os testes realizados pelo Lacen são recomendados pelo Ministério da Saúde e devem ser utilizados como uma ferramenta para o auxílio no diagnóstico da doença. São testes imunocromatográficos para detecção rápida e qualitativa dos anticorpos Imunoglobulina G (IgG) e Imunoglobulina M (IgM) da Covid-19. Essas defesas do organismo surgem em resposta à presença do agente invasor, no caso, o coronavírus.

Conforme explica a professora Maria Rita, anticorpo IgM é produzido na fase aguda da contaminação e o IgG pode aparecer alguns dias depois, ele é mais específico e serve para proteger a pessoa de futuras infecções. “Por isso, tanto os resultados negativos quanto os positivos não podem excluir ou evidenciar a presença do vírus no corpo do paciente. O diagnóstico deve ser interpretado por um médico, com base no auxílio dos dados clínicos e outros exames laboratoriais”, completou.

De acordo com a chefe do Lacen, há muito debate sobre o valor atual dos testes sorológicos no diagnóstico e monitoramento da Covid-19.  “Existe uma preocupação geral quanto ao uso na fase aguda da infecção, pois eles detectam a infecção muito tarde no curso da doença, geralmente de 7 a 10 dias, e também podem reagir de forma cruzada com respostas sorológicas aos coronavírus sazonais. No entanto, há um valor no uso de testes sorológicos para monitoramento e avaliação da saúde pública e ocupacional”.

Atendimento do Lacen no período de pandemia

Para segurança dos usuários, foi adotado fila para entrada monitorada.

Nesse período de pandemia, o atendimento do Lacen está sendo realizado respeitando as normas de biossegurança e recomendações dos órgãos regulamentadores de prevenção à Covid-19.  Para evitar aglomerações nos setores técnicos, os estágios dos estudantes de farmácia e biomedicina foram paralisados e foi adotado regime de escala entre os profissionais. O horário de atendimento ao público foi reduzido para 7h às 12h. Também, foi disponibilizado álcool em gel e instituída a obrigatoriedade do uso de máscara e controle de fila de espera para entrada no local.

O Lacen tomou medidas para evitar aglomerações na sala de espera.

Essas ações, conforme a professora Maria Rita, visam proteger a equipe sem prejudicar o atendimento à população e garantir um serviço de qualidade e um atendimento com responsabilidade.  “Como a transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar e por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro e tosse, estamos respeitando e garantindo o distanciamento entre as pessoas”, relatou.

Os laboratórios de análises clínicas são considerados serviços essenciais. Por isso, a UNIFAL-MG não descontinuou os serviços durante  pandemia. “O serviço de diagnóstico, especialmente nesse período crítico que estamos vivendo, é de suma importância para a população de Alfenas. Desta forma, garantir a continuidade desse serviço é primordial para os municípios de Alfenas e região”, finalizou a professora Maria Rita Rodrigues.