Compreender textos acadêmicos é uma importante demanda universitária. Pensando nisso, o servidor técnico-administrativo Geraldo José Rodrigues Liska, da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace), promoveu, entre os meses de agosto e outubro, em encontros quinzenais, oficinas de escrita acadêmica. Como resultado da ação, que contou com o total de 45 participantes, dez dos trabalhos desenvolvidos pelos discentes foram selecionados e apresentados no Congresso Nacional Universidade, EAD e Software Livre. Entre eles, um recebeu menção honrosa.
Com acompanhamento coletivo e individual para a leitura e produção de textos, que se articularam aos solicitados nas disciplinas em que os discentes estavam matriculados, as oficinas buscaram, como objetivo geral, apresentar a compreensão da estrutura e do funcionamento de produções feitas nos meios universitários, com base nestas perguntas: Como ler o texto acadêmico? Quais são as suas principais características? Que dificuldades de leitura se apresentam ao ingressante de um curso superior? Que textos possibilitam ao aluno conhecimentos básicos para o acesso a eventos de sua área de conhecimento bem como a formação do pensamento científico?
“Foi, portanto, uma atividade além da escrita de um texto dirigido ao professor, mas, sim, a pesquisadores, professores, estudantes e outros interessados nos temas que forem desenvolvidos. Esse é o foco da metodologia do risco, na qual são trabalhadas autonomia, dedicação, insistência e responsabilidade”, explicou Geraldo Liska. Segundo ele, a partir de observações, foi possível evidenciar que essa metodologia pode aumentar o engajamento dos alunos, favorecer o processo de ensino e aprendizagem por meio de situações concretas de linguagem e estimular vivências e práticas dentro do contexto da universidade. “Além disso, para o aluno, é uma experiência gratificante, pois permite discutir passo a passo, com o professor, a respeito da realização de um trabalho acadêmico, do resumo ao artigo, assim como discutir o tema com um público variado”, salientou.
Para Aline Claudino de Castro, participante das oficinas, a experiência foi enriquecedora. “Com o curso, pude atualizar e aprofundar meus conhecimentos sobre a escrita acadêmica. Com um conteúdo atual e softwares apresentados durante o curso, percebemos que podemos contar com vários recursos que nos auxiliam na escrita efetiva. O curso é interativo e humanizado; temos contato direto com o professor e recebemos feedbacks personalizados em todas as atividades”, contou a discente.
Katia Maise Chagas e Viviana Aparecida da Silva também compartilham gratidão pelas atividades e ferramentas utilizadas ao longo das oficinas. “Já estou utilizando praticamente todos os conhecimentos do curso, que proporcionou um aumento considerável da minha produtividade ao redigir textos acadêmicos. Estou escrevendo, lendo e entendendo os artigos em muito menos tempo que antes, e esse era meu principal objetivo”, contou Katia Maise. “Eu adorei o curso, pois o professor apresentou aplicativos que me ajudaram muito na organização de ideias para o artigo e para a escrita em geral”, completou Viviana Aparecida.
Trabalhos selecionados no Congresso Nacional Universidade, EAD e Software Livre
Segundo Geraldo Liska, o evento registrou trabalhos tanto de discentes próximos à conclusão do curso quanto de estudantes que ingressaram no 1º período e ainda não se familiarizaram com o contexto acadêmico. Entre as produções, a pesquisa da discente Julia Quintanilha Chaves Francisco, sobre a influência da interação pais-filho na saúde mental de crianças e adolescentes, recebeu menção honrosa.
Confira, abaixo, as produções da UNIFAL-MG:
- Fanfiction: gênero literário híbrido e uma nova forma de escrita e leitura contemporânea – Carolina Abreu Bentes;
- Geração de produtos biotecnológicos de interesse utilizando resíduos agroindustriais: uma revisão – José Miguel Júnior;
- Os museus de universidade e as universidades federais de Minas Gerais – Katia Maise Chagas;
- Contribuições do designer instrucional na gestão do ensino durante a pandemia da Covid-19 – Aline Claudino de Castro;
- Impacto da primeira Parada LGBT+ virtual de São Paulo – Augustine Araújo Khair;
- Influência da interação pais-filho na saúde mental de crianças e adolescentes: uma revisão integrativa – Julia Quintanilha Chaves Francisco;
- Aguapé (Eichhornia Crassipes): O que essa planta tem de importante? – Viviana Aparecida da Silva;
- Serial killer: Qual a relação de seus prazeres sexuais com seus assassinatos? – Katharina Ribeiro da Silva e Rafael Martins da Silva Afeto;
- Análise das Demonstrações Contábeis da Petrobras – Heloisa Andrade de Oliveira;
- Conhecendo o Dicionário Escolar Tipo 1: Aspectos discursivos e pedagógicos – Raquel Oliveira Reis.
As oficinas de escrita acadêmica são uma articulação do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Acadêmico (Progrida), do UNIFAL-MG Sem Estresse (USE), do Departamento de Acompanhamento e Apoio (DAA) e das ações para o retorno às atividades, considerando o Ensino Remoto Emergencial (ERE). Segundo Geraldo Liska, a próxima oferta das oficinas deverá acontecer em agosto de 2021.
*Milena Favalli Simão é estagiária da Diretoria de Comunicação Social da UNIFAL-MG