Efeito do período de carnaval em relação à pandemia, processo de vacinação e novas mutações do coronavírus são temas discutidos por docente da UNIFAL-MG em participação no jornal da EPTV

Durante o carnaval, medidas mais restritivas para evitar o contágio do coronavírus foram adotadas em Minas Gerais. A fim de analisar o assunto, o jornal EPTV 1ª Edição conversou ao vivo, no dia 15/02, com o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG, Sinézio Inácio da Silva Júnior, que comentou as tendências de queda no número de casos e de estabilidade do número de mortes. O docente também falou sobre a vacinação e as variantes do vírus.

Segundo o epidemiologista, por mais que as prefeituras tenham mobilizado estratégias de prevenção, é de se esperar um aumento, ainda que pequeno, dos casos. “Vamos torcer para que sejam pequenos. Desde o dia 1° de fevereiro, o sul de Minas está numa tendência de queda do número de casos, então esses esforços são muito importantes, porque as mortes, por outro lado, só há dois dias começaram a cair estão estáveis”, disse o professor sobre a situação no sul de Minas Gerais.

“Por outro lado, no estado, a gente observou, a partir do dia 11/02, uma tendência de crescimento de mortes. Se os casos continuarem a cair e as mortes começarem a subir, isso pode ser um indicativo de que você tem variantes que, inclusive, estão tornando a manifestação da doença mais grave”, completou.

Sobre as mutações, o docente destacou dois tipos: a mutação que faz com que o vírus contagie mais facilmente e a mutação que faz com que o sistema imunológico não reconheça a infecção mesmo em quem já teve contato com o vírus ou em quem foi vacinado por alguns tipos de vacina. “A variante do Reino Unido conjuga, primeiro, uma transmissibilidade maior, aumenta o potencial de contágio, e ainda se questiona se ela vai escapar do sistema imunológico. A de Manaus, por exemplo, se caracteriza mais por escapar do sistema imunológico, quer dizer, quem já teve a doença tem anticorpos, mas, contra ela, eles não vão agir da mesma maneira. Essa de maior transmissibilidade em Minas Gerais é extremamente preocupante”, disse.

Confira a participação completa abaixo:

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