Em fevereiro, o sul de Minas Gerais atingiu o pior momento da pandemia de Covid-19. Para falar sobre o cenário de aumento do número de casos e de mortes no início de 2021, o professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG, participou, ao vivo, no dia 02/03, do jornal Bom Dia Cidade.
Na participação, o docente destacou que o recorde nacional e regional da média de casos em janeiro ocasionou o aumento de internações e mortes diárias no mês de fevereiro. “Por que isso está acontecendo? Porque o pior de uma epidemia é quando os casos aumentam em grau máximo”, explicou. Segundo o professor, essa aceleração nas contaminações pode estar relacionada, ainda, às novas variantes do coronavírus. “E, infelizmente, no Brasil, a gente faz 170 vezes menos identificação do chamado genoma dos vírus que estão circulando. Isso quer dizer que a gente não identificou mais dessas variantes porque não estamos conseguindo procurá-las”, destacou.
Quanto a um possível colapso do sistema de saúde, o Prof. Sinézio Inácio foi enfático. “Infelizmente, os números nos levam a aceitar que vamos ter que nos preparar para uma situação muito parecida com o colapso de saúde de outros estados. Nós temos, ainda, no sul de Minas, uma rede que não saturou completamente, só que, pelo avançar desse número de casos novos que volta a crescer, e com a sincronia das curvas, nós poderemos tornar essa situação mais aguda e saturar a demanda hospitalar, que já está muito alta, e termos um quadro realmente muito mais dramático”, disse.
Sobre a vacinação, o professor acredita que o processo avançará, de fato, no meio do ano. “A vacina vai nos proteger muito mais, que é muito importante, de mortes e casos graves do que da circulação do vírus. Quanto mais ele circular, mais novos casos ocorrerem, mais variantes perigosas poderão surgir”. Cabe, até lá, solidariedade das pessoas no combate ao vírus.
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