:: Suplemento da edição nº 17 – 14/04/2021 – Balanço da 4ª semana de Onda Roxa no combate à Covid-19 em Minas Gerais 

Depois de um mês de Onda Roxa em Minas Gerais, a situação de estabilidade na tendência de novos casos (incidência) permanece desde a última semana. Houve avanço, mas ainda pequeno se considerado o esforço feito. Falhas na maior adesão às medidas e a circulação de variantes mais transmissíveis podem explicar a dificuldade atual de diminuir o contágio no estado.

Situação nas regiões mineiras: das 14 regiões mineiras, 6 apresentam tendência de diminuição de novos casos, há uma semana eram 7. Mas houve piora na região Triângulo Norte que recentemente havia passado para a Onda Vermelha. Em estabilidade de incidência encontram-se 5 regiões e em 3 o contágio apresenta tendência de crescimento.

Tendências da região sul de Minas: na região sul de Minas, o avanço na redução de novos casos foi maior. A tendência de diminuição de incidência se mantém desde a semana passada em todas as regionais de saúde. Mas a mortalidade, embora estável, continua alta. Apenas em três meses e meio de 2021, as mortes por covid-19 já representam 72% do total de mortes de 2019 por todas as causas. Em 2021 o número esperado de mortes na região Sul já é 72% maior do que o normal. Efeitos positivos sobre internações e óbitos só devem ser observados dentro de uma a duas semanas.

Média semanal de casos:  na região, a média semanal de casos ainda está acima de 1000, mantendo o ritmo diário de internações em torno de 100 e de mortes em torno de 30. Há tendência de crescimento de internações na região, provocada pela situação da regional de Pouso Alegre, mas em óbitos houve melhora de crescimento para estabilidade. Entre os 10 municípios mais populosos do Sul de Minas, no início da Onda Roxa apenas 1 apresentava diminuição de novos casos e agora são 5. Com tendência de crescimento do contágio eram 6 e agora apenas 1 (Pouso Alegre). Considerando todos os municípios da região, no início da Onda Roxa, 52% apresentavam tendência de crescimento de novos casos e hoje são 18% e a tendência de queda do contágio, que se apresentava em 23% dos municípios, foi para 59%.

Situação ainda não controlada:  embora tenhamos tido avanços, é cedo para se dizer que a situação está controlada. É necessário manter a tendência de queda de novos casos por pelo menos duas semanas seguidas, principalmente devido ao aumento da circulação de variantes mais transmissíveis e o ritmo lento na vacinação. Acesse na íntegra