“Nós não conseguimos significativamente, nunca, na história da pandemia no Brasil, diminuir de uma maneira muito sensível os casos”, salienta docente da UNIFAL-MG em entrevista para a Rádio Difusora HD, de Pouso Alegre

De acordo com a edição do boletim epidemiológico INDCOVID lançada nesta semana, no dia 24/05, a média mensal de mortes por Covid-19 em Minas Gerais, no ano de 2021, foi maior do que a soma da média mensal de mortes por doenças do aparelho circulatório e câncer em 2019. A fim de comentar esse índice inédito e grave, assim como responder a perguntas sobre a situação da pandemia no sul do estado, o professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG, conversou com a Rádio Difusora HD, de Pouso Alegre, no dia 26/05.

Entre os assuntos comentados, o epidemiologista da UNIFAL-MG destacou que a região sul-mineira enfrenta uma tendência de crescimento no ritmo de novos casos.  “Além do efeito de aglomerações e da aglomeração compreensível, mas perigosa, que houve no dia das mães, a suspeita é que possamos ter, já, um aumento significativo da própria circulação e do efeito da variante P1, que é mais transmissível”, disse.

Na oportunidade, o professor também falou sobre uma terceira onda, afirmando que, por um critério epidemiológico, tem-se uma nova onda quando a anterior reduz o ritmo de novos casos a um número praticamente insignificante. “Diferente da Europa, que chegou, realmente, depois da chamada primeira onda, a quase zerar o surgimento de novos casos, isso nunca houve no Brasil. Nós tivemos já um achatamento da curva no início, que era o desejado, depois começamos, a partir de novembro, uma escalada. Nós não conseguimos significativamente, nunca, na história da pandemia no Brasil, diminuir de uma maneira muito sensível os casos”, salientou o docente.

Ao longo da participação, o Prof. Sinézio Inácio também falou sobre a vacinação, a ocupação de leitos e a importância de ações rápidas e efetivas para combate ao crescimento de casos, como a identificação, o rastreio e o controle de infectados. “Para não ocupar leito hospitalar, você precisa evitar que surjam casos. Então, o indicador que deveria ser priorizado desde o começo é o surgimento de novos casos”, completou.

Confira a participação completa:

 

Disponível no link: https://anchor.fm/difusorahd/episodes/Mdia-de-mortes-por-Covid-em-2021–maior-que-a-mdia-de-mortes-por-cncer-em-2019-e11kiq4/a-a5mh2do