:: Boletim Epidemiológico nº 27 – 21/06/2021 – Situação epidêmica de Covid-19 em Minas Gerais e no sul de Minas

A edição nº 27 mostra que houve redução da taxa de mortalidade por Covid-19 entre a população idosa de abril para maio gerando uma redução do risco global de morte em 18% na região sul de Minas. A maior redução, de 44%, foi entre de 70 a 79 anos. Contudo, já de março para abril entre os de 80 anos ou mais já havia tido redução de 31%.

Efeito da vacina: esses números demonstram o efeito protetor da vacina. Porém de janeiro a fevereiro, a redução na taxa de mortalidade ocorreu não apenas entre os de mais de 60 anos, mas também em mais jovens, levando a uma redução, na época, de 25% na taxa de mortalidade geral, maior do que a observada de abril para maio por efeito apenas da vacinação. Esses números ilustram o efeito de proteção contra a mortalidade por Covid-19 exercido pelo controle do contágio. Antes da vacinação: antes da vacinação, de janeiro para fevereiro deste ano houve importante do contágio, que disparou a partir do carnaval. É fundamental que seja associada a vacinação com medidas firmes de contenção do contágio.

Sul de Minas é a região mais atingida pelo contágio: as regiões Triângulo Sul e Sul continuam sendo as regiões com maior contágio de Covid-19. Entretanto, no período das três últimas semanas, a região Sul se destaca como a região mais atingida pelo contágio. Isso projeta até o fim de junho e meados de julho uma situação ainda crítica em termos de internações e óbitos. O atual nível de contágio no Sul de Minas é 67% maior do que o observado para o estado de Minas Gerais.

Estabilidade de incidência no estado: em Minas Gerais, desde a última semana, a estabilidade da incidência se manteve. As regiões Leste, Leste Sul, Nordeste, Oeste, Sudeste e Vale do Aço apresentaram crescimento na incidência. Nenhuma região apresentou diminuição em novos casos. As demais oito regiões apresentaram estabilidade, eram oito também uma semana antes.

Crescimento de novas internações: Minas Gerais manteve crescimento de novas internações, indo de +16%, em 14 de junho, para +30% nesta segunda-feira. Apresentaram crescimento as regiões Centro, Leste Sul, Nordeste, Oeste, Sudeste e Vale do Aço. Houve redução em duas: Leste e Norte. Esse quadro levou o estado a manter tendência de crescimento em novas internações.

Novas mortes: o número de novas mortes foi de estável para crescimento em Minas Gerais. O Sul de Minas manteve pela terceira semana a estabilidade em novos casos. Internações de estabilizaram, mas tendência de novos óbitos se manteve. Embora estável a incidência na região se encontra muito alta, com uma média móvel diária de 1686 casos na semana. Isso tem sido decisivo para manter uma média diária de novas internações acima de 100 e de mortes acima de 30. O feriado de Corpus Christi pode estar associado aos mais de 2.000 casos diários registrados em 15, 16 e 17 de junho. O efeito do Dia dos Namorados ainda poderá acontecer nos registros a partir do dia 24. As internações de crescimento foram para estabilidade.

Óbitos: No Sul de Minas, a pior situação atualmente é a de novos óbitos. Em 21 de junho todas as regionais de saúde se apresentaram com tendência de crescimento. Pelo efeito protetor da vacina na população idosa, as internações atualmente tendem a ser de pessoas mais jovens com uma permanência hospitalar maior. Assim, os óbitos registrados podem refletir os casos registrados há mais de um mês. Isso torna preocupante a estratégia de flexibilizar medidas em função de diminuição na ocupação de leitos e reforça a necessidade de se priorizar a diminuição de novos casos.  Acesse na íntegra