Complexo dos museus da UNIFAL-MG se transformará em núcleo de estímulo didático-científico no Sul de Minas; projeto de educação museal é contemplado em edital de apoio a museus do CNPq/MCTI

Os espaços do Museu da Memória e Patrimônio (MMP) e do Museu de História Natural (MHN) da UNIFAL-MG se tornarão um centro nucleador e gerador de estímulo didático-científico de grande abrangência para a região sul-mineira. O projeto “Ensinando Ciências: Interação Museu, Universidade e Escola” foi contemplado em uma chamada do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e receberá R$ 175 mil em recursos, para estimular iniciativas de ensino, pesquisa, formação de professores e divulgação científica em um diálogo participativo com a demanda das escolas e comunidade.

Profa. Andréa Mollica do Amarante Paffaro, diretora do Museu de Memória e Patrimônio (MMP) e coordenadora do projeto contemplado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Sob a coordenação da professora Andréa Mollica do Amarante Paffaro, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e diretora do Museu de Memória e Patrimônio (MMP), a proposta foi submetida ao Edital CNPq/MCTI/FNDCT Nº 39/2022 – Programa de apoio a museus e centros de ciência e tecnologia e a espaços científico, na linha 3, referente à “Divulgação científica e educação museal em espaços científico-culturais”.

A coordenadora explica que os recursos serão utilizados para implementar os espaços do Museu da Memória e Patrimônio e do Museu de História Natural, de forma a fazer com que o ensino de ciências e tecnologias possibilitem uma interação provocativa e dinâmica de qualidade para os visitantes. Conforme Profa. Andréa Paffaro, isso será possível com a diversidade de formação da equipe do projeto e de suas interações colaborativas.

“Na equipe proponente podemos notar um somatório de expertises em áreas de atuação acadêmicas bastante diversificadas”, comenta. “Destacamos pesquisadores da área de morfologia (biologia celular, histologia e embriologia), reprodução humana e animal, biologia molecular e genética, parasitologia, zoologia, ensino de ciências e biologia, ciências e tecnologia, educação, artes plásticas, artes visuais e história”, detalha.

Ao todo, o projeto terá nove colaboradores, sendo sete da UNIFAL-MG e dois de universidades parceiras. São eles: Fabio Antonio Colombo (FCF/UNIFAL-MG), João Francisco Vitório Rodrigues (Museu de História Natural/UNIFAL-MG), Luisa Dias Brito (ICHL/ UNIFAL-MG), Ronaldo Auad Moreira (ICHL/UNIFAL-MG), Tereza Cristina Orlando (ICN/ UNIFAL-MG), Thiago Bueno Pereira (Museu da Memória e Patrimônio/ UNIFAL-MG), Vinícius Xavier da Silva (ICN/UNIFAL-MG), Luciana Menezes de Carvalho (UNIRIO) e Thalles Yvson Alves de Souza (UFRRJ). 

No cronograma de atividades, que deverão ser desenvolvidas ao longo de 28 meses, estão previstas ações, como:

  • adequação dos espaços do Museu da Memória e Patrimônio e do Museu de História Natural;
  • aquisição de impressora 3D e máquina de corte a laser para confecção de peças;
  • confecção de peças para oficinas didático-pedagógicas, adquiridas comercialmente (como os modelos tridimensionais do corpo humano) ou por meio de parcerias com outros espaços museais e universidades (como os fósseis e as réplicas de dinossauros e animais pré-históricos);
  • taxidermia – restaurações e manutenção do acervo existente, e confecção de novas peças animais;
  • construção de novos expositores;
  • ampliação do mobiliário, com aquisição de pufs e mesas;
  • implementação de jardim sensorial com terra, jardineiras e mudas.
Atividades de projetos com estudantes e visitantes aos espaços museais da Universidade. (Fotos: Arquivo/MMP)

Segundo a coordenadora, a implementação do projeto contribuirá para mostrar a importância dos espaços museais nas demandas que a rede de ensino formal enfrenta, principalmente junto ao processo de ensino/aprendizagem. Além disso, o projeto também atuará na divulgação científica aproximando a comunidade das pesquisas realizadas na UNIFAL-MG e do próprio fazer científico.

“A região sul-mineira possui uma série de questões particulares quanto a questões de saúde pública e educação. Abordagens quanto a problemas de zoonoses e parasitoses regionais, o risco da utilização de pesticidas e agrotóxicos, a necessidade de preservação dos recursos hídricos do lago de furnas, da fauna e da flora regional precisam ser abordadas com urgência em larga escala visando um aumento da qualidade de vida e promoção da saúde e bem-estar”, argumenta.

Vale lembrar que os museus da UNIFAL-MG se destacam como o único espaço de ciências voltado para o atendimento ao público na região, bem como às visitações escolares com práticas específicas agendadas.

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